Pelo menos 22 famílias invadiram um conjunto de 44 casas que permanece abandonado na rua Mário José da Silva, no Jardim Kennedy, em Mauá.

As residêncais, semiacabadas, acumulam sujeira e abrigavam, até o momento, usuários de drogas que deixaram para trás, inclusive, caximbos improvisados para uso de crack feitos com latas de cerveja. Comum também são as fossas da rede de esgoto sem tampas e com acúmulo de água, o que pode contribuir para a propagação do mosquito aedys aegypti, causador da dengue.

A primeira a invadir um dos imóveis foi Aline Souza Silva, 23 anos. Ela e a filha de um ano e dez meses chegaram há três semanas. A casa com sala, cozinha, banheiro e quarto já conta com cama de casal, berço e televisor. "Morava aqui na favela do lado, mas o dono vendeu a casa e eu não tenho para onde ir."

O ajudante de pedreiro Augusto Francisco da Silva, 37, chegou ontem e teve tempo de entrar em um dos imóveis antes da chegada da Guarda Civil Municipal. "Limpei tudo e vou trazer minha família", prometeu. A Prefeitura de Mauá informou que as casas pertencem a uma cooperativa.