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Tombini é a favor de meta de inflação abaixo de 4,5%
Da Agência Brasil
03/01/2011 | 19:52
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O centro da meta de inflação atual, de 4,5% este ano e no próximo, deve ser corrigido para baixo, defendeu nesta segunda-feira o novo presidente do BC (Banco Central), Alexandre Tombini, ao assumir o cargo. Ele acha que a meta, em vigor há 11 anos, pode convergir para o patamar praticado pelos principais países emergentes, em torno de 3%.

De acordo com Tombini, a consolidação da estabilidade econômica e o aperfeiçoamento do marco regulatório permitem que o assunto seja posto em discussão. "Esse é um processo que devemos perseguir no futuro", afirmou. O novo presidente do BC não mencionou, mas o CMN (Conselho Monetário Nacional) vai definir a meta de inflação para 2013 em julho deste ano.

Ele afirmou que o compromisso com a meta de inflação é um dos pilares da política macroeconômica, juntamente com o regime de câmbio flutuante e por uma política fiscal consistente com a redução entre dívida pública e o PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todas as riquezas e serviços produzidos no país.

Tombini, disse também que "o BC não exita em adotar medidas corretivas sempre que necessário", com vistas a manter o sistema financeiro nacional (SFN) o mais sólido possível. A regulação da atividade bancária, segundo ele, "visa a promover um sistema financeiro eficiente, competitivo e, mais do que isso, inclusivo", de modo a facilitar o acesso aos serviços bancários.

Números da diretoria de Normas e Organização do Sistema Financeiro, até hoje dirigida por ele, mostram que existem mais de 140 milhões de contas bancárias no país. No entender de Tombini, "isso contribui para o desenvolvimento de um mercado que atualmente representa quase metade do PIB".

O presidente do BC destacou ainda o crescimento do volume de crédito nos últimos anos. Ressaltou, porém, que o crédito para o consumo deve reduzir o ritmo de crescimento nos próximos meses, ao passo que o financiamento imobiliário tende a ganhar espaço. Tombini considera isso "uma mudança salutar", mas alertou que é necessário cuidado para evitar possíveis "bolhas" no mercado.




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