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Policial civil é preso acusado de vender munição e anabolizante
Evandro De Marco
Do Diário do Grande ABC
20/12/2010 | 21:09
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Depois de mais de dois meses de investigações, a Corregedoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo prendeu na manhã de ontem um investigador de Santo André acusado de vender munições, anabolizantes e medicamentos de comércio proibido no País.

Os policiais estiveram na Delegacia de Homicídios da cidade no início da manhã, mas não encontraram nenhum indício de envolvimento do investigador Nelson Junior, 33 anos, nos crimes de que era suspeito.

Em seguida, foi realizada busca na casa do policial, no bairro Santa Paula, em São Caetano. No local foram encontradas caixas de anabolizantes, Lipostabil - remédio para emagrecimento e redução de gordura localizada -, munições - inclusive para fuzil AR-15 - e R$ 850 em notas de R$ 50 falsificadas. Também foram encontradas pelo menos cinco armas de uso pessoal - com registros vencidos -, silenciador e mira a laser.

O delegado Camilo Pastor Veiga, da 1ª Delegacia de Crimes Funcionais da Corregedoria da Polícia Civil, revela que "o material vinha do Paraguai para ser vendido (pelo investigador) pela Internet, através de sites de relacionamento usados por ele (Nelson), como MSN e Orkut. Quanto às armas, eram de uso pessoal, com certeza."

Apesar de estar sendo monitorado há pouco mais de dois meses pela Corregedoria, Veiga acredita que o investigador "estava atuando há mais de um ano nesse mercado clandestino."

Nelson foi preso em flagrante e irá responder pelos crimes de moeda falsa, posse de munição de arma restrita, adulteração e venda de remédio proibido e tráfico de entorpecentes por causa dos anabolizantes achados em sua casa.

O investigador estava na corporação desde 1996. Ele ficará detido no presídio especial da Polícia Civil de São Paulo, na Zona Norte da Capital, aguardando julgamento.

Agora, a Corregedoria continua as investigações para descobrir quem eram os clientes de Nelson e se mais alguém está envolvido no esquema de venda ilegal pela Internet.

O delegado seccional de Santo André, José Emílio Pescarmona, preferiu não comentar o caso. "Só fui informado pelo chefe dos investigadores e pelo delegado do Setor de Homicídios que a Corregedoria tinha vindo aqui, mas nada encontraram. O que aconteceu depois não sei dizer, porque não fui informado oficialmente pela Corregedoria", se limitou a dizer Pescarmona.




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