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Elas enquadram os poderosos
Por Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
19/12/2010 | 07:01
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Divulgação


Elas se acham cara de pau, mas acreditam que o dom para fazer humor está na pele e só ajuda na hora de emplacar reportagens sérias.
Em entrevista ao Diário, Sabrina Sato, do "Pânico na TV", da Rede TV!, e Mônica Iozzi, do CQC", da Band, revelam suas artimanhas para conseguir que suas ‘vítimas' saiam da saia-justa de determinadas perguntas, com um tom divertido, mas de comprometimento com o que é de interesse público.
Fora das câmeras, as repórteres que ganharam projeção nacional se consideram tímidas e dizem não acreditar como conseguem ter tanta desenvoltura nas entrevistas.
Formada em Artes Cênicas, Mônica Iozzi, 29 anos, não pensava que iria enveredar para o humorístico. "A base em teatro me ajuda muito a viver as situações no programa. Quando vou conversar com algum deputado, senador e candidatos, posso falar de acusações e coisas sérias, sendo cínica e sarcástica. Mas não agredindo o entrevistado, para não perder a razão com o público", explica a profissional. Observar a maneira e as habilidades com que os parceiros conduzem também ajuda Mônica na hora de mostrar seu trabalho.
Não faltam famosos e celebridades que dizem que a moça realmente diverte a todos com sua cara de pau. "Entrevistei Juliana Paes e Márcio Garcia numa pauta de cinema e os dois disseram a mesma coisa. Não ligo, porque realmente tenho que ser assim", diz.
Trabalhar de terno e gravata é algo que não incomoda Mônica. "O é um formato argentino e temos que respeitar o figurino. Acho legal o estilo", conclui.
Conhecida por todos nos corredores do Palácio do Planalto, em Brasília, Sabrina Sato se diverte ao falar das entrevistas que já fez com nomes fortes da política brasileira, em seu quadro no dominical "Pânico". "No começo foi muito difícil, pois não tinha autorização para falar com eles (os políticos), mas aos poucos fui conquistando. O Presidente Lula sempre fala conosco e se diverte com as perguntas que faço. Na verdade, o tom de humor são os entrevistados que dão. Nós somos sarcásticos e pronto", explica.
Oferecer suco de maracujá e cantar parabéns para o senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello foi a ocasião mais divertida lembrada por Sabrina.
Quando de trata de exibir a beleza em Brasília, nada de comprimentos longos. A diferença é que os decotes são menos ousados e as cores, mais sóbrias.
A pronúncia macarrônica do inglês não é coisa de personagem, Sabrina garante. A repórter diz que não sabe mesmo o idioma e avisa que o estudo da língua é prioridade em 2011. "Encaro numa boa essas coisas, pois sou tranquila e não deixo o constrangimento me pegar nessas horas", finaliza a musa do Carnaval 2011 da Gaviões da Fiel, em São Paulo, e da Acadêmicos de Vila Isabel, no Rio.




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