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Cai número de famílias vivendo em casas inadequadas
Da Agência Brasil
08/12/2010 | 19:15
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O número de famílias brasileiras que vivem em moradias consideradas inadequadas caiu 6,8% em 2009 ante o ano anterior. De acordo com um estudo do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), o número baixou de 3,78 milhões para 3,53 milhões.

O dado foi calculado pela FGV (Fundação Getulio Vargas) com base na última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios). A Pnad é feita periodicamente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da FGV, estão incluídas as famílias que moram na rua até as que habitam casas sem condições mínimas de segurança (barracos, casas com teto de palha, etc.) Ela afirmou que as famílias compõem a maior parte do déficit habitacional do país. Por isso, a queda é positiva.

"O aumento da renda e as condições de financiamento mais acessíveis fizeram com que essas pessoas entrassem no mercado habitacional", disse ela, sobre os motivos da redução.

A melhora da condição de moradia dessas famílias, entretanto, não reduziu o déficit habitacional geral do país. O número total de famílias que demandam uma moradia ficou estável de 2008 para 2009, mantendo-se na casa dos 5,8 milhões.

A estabilidade foi causada pelo aumento de 12,7% do número de famílias que habitam uma mesma casa e pretendem se mudar. Em 2008 eram 2 milhões e passaram para 2,27 milhões em 2009.

Para Ana Maria, porém, o aumento pode ser interpretado de forma positiva. Como o déficit habitacional leva em consideração as famílias que demonstraram intenção de se mudar, a alta pode indicar que mais pessoas passaram a considerar que têm condição de adquirir sua casa.

"Como o dado é de 2009, os resultados do programa Minha Casa, Minha Vida ainda não foram completamente captados", afirmou ela. "Mas é possível que o programa tenha aumentado a confiança das pessoas em conseguir sua casa própria".




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