Esportes Titulo Na Arena Barueri
Flu leva susto, mas derrota o Palmeiras
Carlos Tadeu
Especial para o Diário
28/11/2010 | 22:21
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Não foi tão fácil como todos esperavam, mas o Fluminense venceu ontem o Palmeiras por 2 a 1, de virada, na Arena Barueri, pela penúltima rodada do Brasileirão, segue na liderança, agora com 68 pontos, e precisa de vitória simples diante do rebaixado Guarani, domingo, no Engenhão, para garantir o segundo título nacional - venceu em 1984.

Mas quem esperava que o Palmeiras fosse entregar facilmente o jogo se deu mal, pelo menos no primeiro tempo.

Logo aos quatro minutos, o Verdão abriu o marcador. Dinei acertou belo chute de fora da área e colocou a bola no ângulo direito de Ricardo Berna: 1 a 0.

O Fluminense foi para cima e passou a pressionar. Emerson e Deco chegaram perto, mas desperdiçaram.

Aos 18, os cariocas finalmente empataram. Carlinhos avançou e bateu pelo alto: 1 a 1. Depois, só deu Fluminense, e quem apareceu bem foi o goleiro Deola, com boas defesas. Aos 22, por exemplo. Conca bateu rasteiro e o palmeirense defendeu com a perna esquerda.

A equipe carioca queria o segundo gol. Deco cobrou falta, o zagueiro Gum desviou de cabeça e Deola salvou, para desespero da torcida do Fluminense e também do Alviverde, que queria a vitória dos cariocas para não ajudar o arquirrival Corinthians. Aos 32, Deco saiu contundido e deu lugar a Tartá.

O bombardeio do Fluminense continuou. Fred finalizou e Deola defendeu. No rebote, Gum completou e o goleiro pegou novamente.

O segundo tempo começou com o Fluminense ainda em busca do gol da vitória. Aos quatro, Fred recebeu cruzamento de Mariano, mas pegou mal na bola.

Três minutos depois, o atacante perdeu chance incrível. Ele recebeu de Conca e, livre, mandou por cima.

O gol que manteve a equipe de Muricy Ramalho na ponta da tabela saiu aos 13. Emerson chutou, Deola soltou e Tartá pegou a sobra para colocar no canto direito: 2 a 1, para alegria de tricolores e muitos palmeirenses.

O Alviverde não esboçou reação nos minutos restantes e o Fluminense só administrou o placar.

 

Cariocas escondem euforia e já pensam no rebaixado Guarani

Os jogadores do Fluminense tentavam esconder a euforia ao fim da partida de ontem, que deixou o time bem perto do título brasileiro, com o resultado positivo (2 a 1) diante do Palmeiras. "Estamos felizes com a vitória, mas não conseguimos nada ainda. Vamos em busca do título com os pés no chão", declarou o atacante Emerson.

Outro que esbanjava alegria era o predestinado Tartá, que substituiu o contundido Deco, ainda no primeiro tempo, e marcou o gol da vitória. "É um dos gols mais importantes da minha carreira. O outro foi contra o Vasco. Só não estou mais feliz porque não poderei jogar a última partida", comentou ele, ao se referir ao terceiro cartão amarelo recebido. Assim, não atuará contra o Guarani.

"Estou muito perto do título e espero conseguir, diferentemente da outra vez (Campeonato Paulista), quando perdi com o Santo André. Estou muito triste com a queda para a Terceira Divisão (Série C) do clube que abriu as portas para mim", destacou o lateral Carlinhos em relação ao time do Grande ABC.

 

Luiz Felipe Scolari esbraveja sobre possível corpo mole

O técnico Luiz Felipe Scolari, do Palmeiras, esbravejou na coletiva após o duelo contra o Fluminense, quando teve de responder sobre as atuações apagadas do volante Marcos Assunção e do atacante Kleber, dois dos melhores jogadores do elenco.

"Foi tudo dentro da normalidade. O Marcos (Assunção) sofreu um corte na perna e o melhor foi ter saído do jogo. O Kleber jogou mais recuado porque pedimos. Vocês começam a ver chifre na cabeça de cavalo", declarou, irritado.

"Esse negócio de jogador de futebol entregar é coisa de torcida, é pura bobagem. Quem age errado uma vez perde a credibilidade. É um absurdo, é ridículo pedir para favorecer A, B ou C", completou.

"Se já achava que ele tinha personalidade, agora penso mais ainda", finalizou o técnico, a respeito de Deola, que fez grandes defesas, mas foi hostilizado pela torcida alviverde.

"Eu vim para o clube sabendo que estavam devendo quatro meses de salário. Mesmo assim, penso em continuar. Estamos mais tristes pela perda da Sul-Americana", declarou o atacante Kleber.




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