Esportes Titulo
Timão vence e fica nas mãos do Guarani
Marília Ruiz
Do Diário do Grande ABC
28/11/2010 | 22:06
Compartilhar notícia


O Corinthians cumpriu seu dever ao derrotar o Vasco por 2 a 0 ontem, no Estádio do Pacaembu lotado, mas o título do Brasileiro está nas mãos do Fluminense, que bateu, de virada, o Palmeiras na Arena Barueri. A vitória de ambos manteve o Alvinegro a um ponto do líder a uma rodada do fim do campeonato (68 pontos contra 67). Agora, para ser pentacampeão, o time do Parque São Jorge terá de vencer o já rebaixado Goiás e torcer por um tropeço da equipe dirigida por Muricy Ramalho diante de outro clube que já caiu, o Guarani.

"Como fizemos hoje, vamos pensar em fazer a nossa parte e só. Depois, só depois, vamos ver o que o Guarani fez ou não fez. Eu ainda acredito no título brasileiro", disse o goleiro Júlio César ao fim do confronto em que foi bem pouco acionado.

Herói das últimas partidas corintianas, Júlio César foi ontem um ilustre admirador. Realizou apenas uma boa defesa, enquanto o quarteto ofensivo escalado pelo técnico Tite - com Bruno César, Danilo, Jorge Henrique e Dentinho - fazia o Vasco se defender com 11 jogadores no seu campo de defesa.

Isso não significa que o Corinthians teve facilidade para abrir o placar: além da afobação, o time esbarrou na pressão das arquibancadas e nos erros de passes.

Antes do apito inicial, a torcida do Corinthians cantou que não precisava da ajuda do rival Palmeiras. Mas, quando a bola rolou, a primeira explosão veio com o gol de Dinei, do rival, sobre o Fluminense. Foi a deixa para que os atletas também jogassem mais.

Ainda assim, foi num lance de sorte que o time paulista abriu o placar, já no fim do primeiro tempo: Bruno César arriscou chute de fora da área, a bola esbarrou em Dedé e enganou o goleiro Fernando Prass.

O 2 a 0 só ocorreu no segundo tempo, quando o ambiente morno do Pacaembu refletia a virada do Fluminense em Barueri: Danilo recebeu cruzamento e ampliou de cabeça.

O título depende agora de mais uma vitória e de um tropeço do melhor time do Brasileiro. Ainda assim, o presidente do clube, Andrés Sanchez, descartou enviar mala branca para o time de Campinas.

 

William divulga nota, confirma o adeus e agradece à Fiel

O zagueiro William, 34 anos, despediu-se oficialmente ontem da carreira. O capitão aproveitou para agradecer, em nota oficial divulgada no site do Corinthians, aos torcedores que sempre o apoiaram no clube. Homem de confiança de Mano Menezes, que o indicou ao Alvinegro, o xerife logo virou ídolo da Fiel.

Desde a chegada, em 2007, William ajudou a comandar a campanha de volta à elite nacional (2008), além de participar dos títulos da Copa do Brasil e do Paulistão de 2009. Em seguida, admitiu que logo pararia. A aposentadoria já estava mais do que prevista.

Ele nunca escondeu que pretendia pendurar as chuteiras no auge, em grande estilo. Recentemente, comentou que o Campeonato Brasileiro seria o último desafio.

Entre outros detalhes, o comunicado expõe o perfil de quem não se incomodava nem mesmo diante das eventuais críticas. "Foram três anos de muita luta e dedicação. O Corinthians atual é forte, mas ainda será muito mais no futuro. Já comecei a sentir as energias que saem das arquibancadas. Aqui, pude concretizar alguns dos meus sonhos". (das Agências)

 

Corintianos esperam por ajuda do Bugre

A esperança continua. Mesmo dependendo de vitória ou empate do já rebaixado Guarani frente ao Fluminense, no Engenhão, o Corinthians ainda sonha com o título brasileiro. "Eles pegam o Guarani, que tem excelentes jogadores. Precisamos esperar. Não tem jeito. Mas tenho esperanças no título", disse Bruno César.

A  mala branca que poderia ser oferecida ao Bugre para complicar a vida dos cariocas foi descartada pelo presidente Andrés Sanchez. "Todo mundo fala que existe mala branca. Mas eu não tenho caixa 2. Todo dia tem gente fiscalizando o Corinthians. E ninguém vai pegar dinheiro do bolso para dar", afirmou.

Fugindo do protocolo geral que cita o profissionalismo como regra entre os jogadores, o zagueiro William cutucou os rivais São Paulo e Palmeiras, que perderam seus jogos para o Fluminense. "Por toda rivalidade envolvida e como o mundo encara o esporte, já pensava que seria assim. É triste quando um profissional que nem o Deola faz o seu papel e é ameaçado pelos torcedores", disse. Thiago Bassan




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;