Etrela do cinema. Ícone da juventude das décadas de 1960 e 1970. Objeto de desejo dos apreciadores da esportividade em estado bruto. Quarentão, está mais em forma do que nunca. Chega ao Brasil - finalmente e oficialmente - o novo Chevrolet Camaro SS (Super Sport), disponível nas concessionárias da rede por R$ 185 mil.

O representante dos ‘muscle cars' hipnotiza pela potência. Sob o capô ‘pulsa' um bloco 6.2 V8 a gasolina de 406 cv de potência e torque de 56,7 mkgf a 4.600 rpm. Demora, segundo a montadora, 4,8 segundos para ir de 0 a 100 km/h e atinge a velocidade máxima de 250 km/h (limitada). A transmissão é automática sequencial de seis velocidades, com opção de trocas por intermédio de botões atrás do volante.

Imponente, o Camaro - nome que deriva do termo "camaradagem", segundo Gustavo Colossi, diretor de marketing da Chevrolet - traz linhas retas e agressivas. A começar pelo amplo capô com marcante saliência central, característica que acompanha o modelo desde 1966. O conjunto óptico dianteiro unido à grade do radiador revela o ‘olhar' invocado do Chevrolet.

A lateral tem linha de sintura alta, com ligeira elevação após a coluna ‘B'. Destaque para a reduzida área envidraçada, inspirado nos ‘hot rods', e as caixas de rodas amplas que abrigam as rodas de liga leve de 20 polegadas. A traseira, por fim, traz lanternas duplas quadriculadas, com a luz de ré entre os sensores de estacionamento.

O interior merece atenção especial. De acordo com Carlos Barba, diretor de design da General Motors da América Latina, é evidente a mescla de passado, presente e futuro. O painel de instrumentos tem dois grandes leitores circulares (velocímetro e conta-giros) com molduras quadradas e iluminação ‘ice-blue' - presentes no Malibu e Agile. Entre ambos, as informações na tela de cristal líquido do computador de bordo com sete funções.

O volante multifuncional é de três raios. No console central, quatro relógios analógicos retangulares - pressão e temperatura do óleo, voltagem da bateria e temperatura do fluido da transmissão - dão o toque retrô, já que são herdados do primeiro Camaro.

Apesar dos bancos e do volante serem de couro e frisos metálicos elevarem o requinte, há muito plástico por toda a cabine. Na parte superior do painel, por exemplo, material emborrachado poderia agregar valor ao habitáculo, ideal para levar até quatro pessoas.

PÉ NA TÁBUA...- Chega de conversa. Hora de ação! Pulamos para dentro do SS de 4,83 metros de comprimento - apenas 1 centímetro a menos que o Ford Fusion - e 1.790 quilos. É fácil encontrar a melhor posição ao volante graças aos ajustes elétricos do banco e da coluna de direção (altura e profundidade). Mão na chave e o ‘pony car' ‘relincha'. O ronco ganha decibéis na saída de escape dupla.

Manopla no ‘D' (Drive) e pé na tábua! O torque de 56,7 mkgf impressiona. É bruto. O sistema de controle de estabilidade ajuda a ‘domar' a ‘fera', mas, quem quiser - e tiver habilidade - pode desabilitar a eletrônica totalmente ou apenas parcialmente.

O Camaro responde muito bem aos comandos. A direção hidráulica é direta e atende a qualquer movimento do motorista. As mudanças de marcha acontecem de forma agradável e rápida. Destaque positivo para o sistema de suspensão independente na dianteira e na traseira, que evita inclinação exagerada da carroceria nas curvas, acelerações e freadas - freios são da marca Brembo.

A velocidade rapidamente cresce e tudo pode ser acompanhado pelo sistema HUD (Head up Display), que projeta no para-brisa a velocidade do veículo. Em caso de colisão, seis air bags são acionados.

Seja bem-vindo, Camaro SS. Já são 450 compradores - 450 felizardos. Que Ford e Chrysler se mexam para trazer Mustang e Dodge Challenger o mais rápido possível. Estamos aguardando...