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Mauá lança fórum para planejar cidade até 2025
Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
23/11/2010 | 07:25
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O prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), abriu ontem o Fórum Mauá 2025, no Teatro Municipal da cidade. O objetivo do encontro foi dar o pontapé inicial para um planejamento urbano de longo prazo com a participação direta da sociedade mauaense.

O chefe do Executivo, que fez questão de atualizar os presentes sobre a situação nada otimista da cidade, contou com o apoio do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), e de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), que integra partido de oposição ao Executivo. Também marcaram presença o deputado estadual pelo PT Donisete Braga e vereadores do município, inclusive o oposicionista Manoel Lopes (DEM).

O prefeito Oswaldo Dias enfatizou que Mauá hoje "está no buraco" por conta das dívidas deixadas pela gestão do desafeto político e ex-prefeito Leonel Damo (sem partido). Oswaldo pontuou que o dinheiro em caixa "mal dá para fazer o custeio." "Temos R$ 1,2 bilhão de dívidas e 12% da receita comprometida para pagamento de dívidas negociadas. Somos a décima cidade em população do Estado de São Paulo e a décima mais pobre também."

Oswaldo comparou o Fórum com o OP (Orçamento Participativo), mecanismo de consulta popular para definir as prioridades que serão incluídas no orçamento anual muito utilizado pelas gestões petistas. Para o prefeito, a discussão no OP é "insuficiente" para fazer planos de longo prazo. "Vamos pensar a cidade para 2025, mas vamos iniciar com 2011."

A discussão para os próximos 15 anos abordará a partir deste momento temas como Educação, Saúde, Mobilidade Urbana, Infraestrutura, Inclusão Social, Emprego e Renda, Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Segurança Pública. "Começamos essa discussão hoje (ontem), pois é a data em que Mauá comemora seus 56 anos de emancipação. É preciso lembrar que a cidade cresceu de maneira desordenada, passando de 4.000 habitantes para os atuais 400 mil. Trata-se de uma cidade muito difícil e cara de ser cuidada."

A ideia é que além do fórum, ocorra um planejamento interno até março e continue com a colaboração da população. "Precisamos saber como a cidade está e o que é necessário para o futuro. Um exemplo cabal de não planejamento é a concentração de nove equipamentos públicos num raio de 200 metros na região central. São quatro escolas estaduais, três municipais e uma unidade de Saúde." Ele ponderou que é "impossível" os moradores que necessitam de tais equipamentos residirem nas proximidades e frisou que não há "como remover tais unidades."

 

GOVERNO FEDERAL

Oswaldo não escondeu a importância do apoio do governo federal nos investimentos. O petista afirmou que a cidade tem se mantido em pé praticamente por causa dos recursos oriundos da União. "Não temos dinheiro. Trabalhamos com os investimentos de 25% da Educação e R$ 124 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) ou em parceria com o governo federal", finalizou.




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