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Estudantes de S.Bernardo protestam por passe-livre
Renato Castroneves
Especial para o Diário
10/11/2010 | 13:54
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Edmilson Magalhães/DGABC

"O dinheiro do meu pai não é capim, quero passe-livre sim!". Foi cantando esse refrão que cerca de 100 alunos da rede pública de ensino de São Bernardo paralisaram a sessão da Câmara Municipal hoje de manhã.

O protesto dos estudantes, liderado pela Ares-ABC (Associação Regional dos Estudantes Secundaristas do Grande ABC), começou por volta das 9h na Praça Matriz, no Centro. Além de transporte público gratuito irrestrito, eles também reivindicam melhores condições de estudo e a contratação de professores nas escolas estaduais.

"O Poder público pensa que Educação é somente nas escolas. Queremos transporte gratuito para podermos ir ao teatro, cinema. Também não dá para aceitar que em algumas escolas não haja professores suficientes para dar aula", disse o vice-presidente da associação, Jackson Simão Dias, 17. Atualmente os estudantes têm direito a 50% de desconto nas passagens. O benefício é válido apenas para o trajeto de ida e volta aos colégios.

Após o protesto no Legislativo, uma comissão formada por 10 alunos reuniu-se com os vereadores da cidade. O encontro estabeleceu a realização de uma audiência pública para discutir os problemas na rede estadual e uma reunião com representantes do Executivo, sobre possibilidade de implantar o passe-livre.

"Vou marcar em 10 dias um encontro entre as secretarias de Educação e Transporte com as lideranças estudantis. Vamos analisar a viabilidade da ideia (passe-livre) e discutir soluções", falou o líder do governo na Câmara, Tião Mateus (PT).

Um documento formalizado pelos estudantes irá nortear a realização da audiência pública, ainda sem data definida. A pauta de pedidos incluiu a presença de laboratórios de informática, melhora da merenda e bibliotecas, maior acesso à internet e a pavimentação das ruas no entorno da escola estadual Omar Donato Bassani, no Riacho Grande.

O presidente da Câmara, Otávio Manente, afirmou que irá convidar a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e a Diretoria de Ensino para debater o problema. "É importante que os jovens se mobilizem para melhorar o nível da Educação."

 




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