O presidente do PT, José Eduardo Dutra, e o ex-ministro Antonio Palocci serão os coordenadores da equipe de transição de governo. Dutra cuidará da articulação política com os partidos aliados. Terá a ajuda do secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo. Palocci, que comandará a parte técnica, como as negociações em torno do programa de governo com os demais partidos aliados, contará com a assessoria do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel e com a de Marco Aurélio Garcia, que costurará junto com os aliados as metas principais da política externa.

Fernando Pimentel foi candidato ao Senado por Minas Gerais e perdeu a eleição. Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha aconselhado Dilma a não aproveitar derrotados em sua equipe, é provável que ele venha a ocupar ministério. Já Marco Aurélio é assessor internacional do presidente Lula e espécie de ‘chanceler b' do governo.

Ele disse ontem que manterá o posto durante os dois últimos meses do governo. Quanto a um convite de Dilma para que continue à frente da política externa, foi evasivo. "Isso depende da presidente Dilma."

Marco Aurélio é também vice-presidente do PT. Dilma recebeu ontem pela manhã e à tarde os petistas que estiveram muito próximos a ela durante toda a campanha e fez a primeira reunião, já pensando na fase de transição. Os recursos para o trabalho já estão garantidos por decreto assinado pelo presidente Lula em julho. De acordo com o documento, os gastos com a transição serão de até R$ 2,8 milhões. Desse dinheiro, R$ 1,2 milhão será destinado ao pagamento de salários de até 50 pessoas a serem contratadas para trabalhar na transição. Para as despesas de custeio foi previsto R$ 1,6 milhão.

CARTA - Cotado para assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio no governo da petista, o empresário Abílio Diniz divulgou carta para os 145 mil funcionários do Grupo Pão de Açúcar. Ele manifestou que votou na presidente eleita Dilma Rousseff e expressou apoio ao seu governo.

"Estou feliz com a sua vitória e espero que o Brasil e os brasileiros tenham com ela um grande governo, com a continuidade do desenvolvimento sustentável.". O executivo destacou que em 2002 votou em José Serra, mas apoiou os oito anos da administração do presidente Lula.