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Chances do Ramalhão cair preocupam Jair Picerni
Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
21/10/2010 | 09:39
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A cada rodada que passa e o Santo André não faz sua parte, as chances de permanência na Série B do Campeonato Brasileiro ficam menores. Após mais uma derrota, desta vez para o América-RN, por 2 a 0, o Ramalhão viu o percentual de rebaixamento aumentar: segundo o site Chance de Gol (www.chancedegol.com.br), do estatístico Marcelo Leme de Arruda, a equipe está 79,7% na Série C de 2011, o que tira o sono do técnico Jair Picerni.

"A matemática no futebol é muito dependente de fatores, mas isso nos preocupa. É uma situação que há duas rodadas era difícil, mas tínhamos uma condição melhor. São ainda 24 pontos em disputa e acredito que precisamos de seis vitórias para conseguir permanecer", explicou o treinador.

Para exemplificar o quão imprecisa são as contas no futebol, Picerni deu exemplos recentes. "Tivemos no ano passado casos como o Fluminense (dado como rebaixado à Série B, mas que salvou-se) e o Flamengo (que segundo os cálculos tinha 1% de chance de ser campeão e levantou o título brasileiro). Então é difícil prever."

Números à parte, o treinador criticou a postura do time, que voltou a se abater após o adversário sair na frente, o que já havia ocorrido contra o Figueirense. "Nosso time tem momentos em que consegue o equilíbrio, mas é só tomar o gol que fica muito abaixo, mexe com o emocional. Tem de ter poder de reação e, nessa parte, estamos deixando a desejar. A situação é terrível, não é fácil, mas são dificuldades da vida que temos que saber superar", afirmou.

Os motivos para a atual fase, segundo Picerni, veem de longa data. "A equipe mudou muito em seis meses e está demorando para dar nova liga para conseguir ganhar os jogos", disse. "É importante iniciar o campeonato preparando o time para o que possa disputar. Até conversei com o presidente (Ronan Maria Pinto) que era necessário um psicólogo desde o começo, não só para o profissional como também para a base, para preparar todos", emendou o treinador.

O rebaixamento, apesar de cada vez mais realidade, ainda não passa pela cabeça do treinador. "É complicado. O Santo André, pelo histórico, é um clube de Primeira Divisão paulista e brasileira. Vamos procurar fazer o melhor para que pelo menos não caia", concluiu.

Hoje à tarde o treinador comanda o único treino visando a partida de amanhã, contra a Ponte Preta, no Brunão.

Dirigentes recebem torcida para reunião
O presidente da Gestão Empresarial andreense, Ronan Maria Pinto, e o vice, Romualdo Magro Júnior, receberam os líderes das torcidas organizadas para reunião sobre o atual momento que vive o Ramalhão, bem como o papel de ambas as partes nessa fase. Tudo isso após os protestos dos torcedores durante e após a derrota contra o Figueirense (sábado). No fim das contas, ficou acordado de que das arquibancadas o apoio e o incentivo darão o tom, mas a cobrança não será deixada de lado.

"Estamos criticando o time, que não está correndo. Infelizmente a diretoria contratou jogadores que não prestam. Não tem uma finalização certa e agora não faz nem de pênalti! Vamos apoiar, mas desde que deem raça, saiam de campo com a camisa suada, como o time de 2007, mostrando vontade. Se vermos corpo mole as críticas vão voltar", disse Denis Martini, vice-presidente da Fúria Andreense, que esteve acompanhado de Esquerdinha, Noé, Ovídio (Tuda) e Caio (Esquadrão).




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