A eleição para a presidência da Câmara de Mauá só acontece em 15 de dezembro. Contudo, as articulações para a composição da mesa diretora estão a todo vapor nos bastidores.

Pelo andar da carruagem, o atual comandante do Legislativo mauaense, Rogério Santana (PT), poderá permanecer no cargo por mais dois anos. Embora alguns pares já tenham reclamado do excesso de ‘democracia' na gestão do petista ao permitir sempre que todos opinem. O vereador oposicionista Manoel Lopes (DEM), disse até que o petista não tinha pulso firme para comandar a Casa.

De outro lado, ventila-se que nome interessante para a disputa sairia também da base aliada - Marcelo Oliveira (PT), que trabalhou na campanha do candidato governista Helcio Silva, pleiteante à vaga na Câmara Federal, mas não levou. Já Santana teria pisado no calo do prefeito Oswaldo Dias (PT), ao apoiar o deputado federal reeleito Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT).

Mesmo Santana negando mal-estar interno, ainda na pré-campanha, o PT descartou a candidatura do chefe do legislativo, que almejava disputar vaga de deputado federal. Procurados, Rogério Santana e Marcelo Oliveira não retornaram aos telefonemas.

Por sua vez, Alberto Betão Pereira Justino (PSB), que migrou para a situação porque o partido assumiu o comando da Secretaria de Segurança Pública, ratificou a intenção de concorrer à liderança da Casa e não escondeu o desejo de um dia retornar à bancada de oposição.

O socialista era um dos críticos mais ferrenhos à gestão petista. "Já fui presidente (da Câmara) e tenho experiência. Estou acertado (com a situação), mas se houver oportunidade, se o cavalo passar arriado eu pulo em cima", brincou.

O oposicionista Manoel Lopes comentou que Betão não está satisfeito com sua atual função. "Ele está em uma situação forçada, preso numa corrente partidária. Se não tivesse a questão da fidelidade partidária ele já teria saído." O democrata também adiantou que os oposicionistas deverão indicar nome para a composição da mesa diretora. "Temos intenção de lançar candidato, mas ainda não definimos", concluiu.