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Icegurt amplia operação no Grande ABC
Alexandre Melo
03/10/2010 | 07:35
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Tiago Silva/DGABC


Muitas pessoas já devem ter visto nos principais faróis da região vendedores ambulante oferecendo barras de iogurte congelado a preço bastante popular, o Icegurt. A marca, pertencente à equatoriana Quala, chegou ao Grande ABC em janeiro, com pequenos distribuidores em Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá, e caiu no gosto dos consumidores.

Há um ano no País, a empresa cresce rápido em vendas e tem metas ambiciosas, de ampliar a distribuição para fortalecer a marca no mercado. "O Brasil é o maior país onde operamos. Temos grandes expectativas de crescimento", diz o diretor-geral, Jorge Quintero.

Por enquanto, a multinacional está restrita a 30 cidades do eixo Rio-São Paulo, mas estuda atuação em outros Estados. Na região, o próximo passo será Ribeirão Pires. O Icegurt vendido aos gritos pelos ambulantes com carrinhos rosa e azul é produzido nos sabores morango, coco, graviola, manga e maracujá.

Foi necessário um ano e seis meses de pesquisa para descobrir os gostos dos brasileiros. Quintero lembra que a Quala ouviu 4.000 pessoas entre as etapas de teste de produto, discussões e pesquisa de mercado.

Para se ter ideia do tamanho da companhia, ela está presente na Colômbia, Equador, México, República Dominicana e Venezuela. Com 30 anos de atuação, seu faturamento em 2009 atingiu cifra de US$ 250 milhões.

Até o momento, apenas as barras de iogurte congelado fazem parte do portfólio de produtos da Quala no Brasil. No Exterior, são mais de 30 itens fabricados entre suco em pó, gelatinas, bebidas isotônicas, sopas, creme dental e xampu.

TERCEIRIZADAS

Discreta, a empresa não revela o volume de sua produção mensal, que fica a cargo de duas fábricas terceirizadas. O número de distribuidores e ambulantes também não é divulgado.

O produto é vendido a R$ 0,50 a unidade, sendo que os vendedores faturam a partir de R$ 25 por dia. O lucro do distribuidor é de R$ 0,04, enquanto do vendedor de rua é R$ 0,10 para cada barrinha comercializada.

Microdistribuidor em Santo André e São Paulo, Manoel Batista de Oliveira Filho, aposta na expansão do negócio. "Tenho quatro freezers e vou comprar mais dois. Pretendo também fornecer produtos para cantinas de escola e contratar um motoboy para fazer entregas", detalha.

Distribuidor contrata ex-morador de rua para vender produto

Para o microempresário e distribuidor das barrinhas de iogurte congelados, Manoel Batista de Oliveira Filho, o negócio do Icegurt também deve ser uma atividade de inclusão social. Dos 15 funcionários, 60% são ex-moradores de rua.

"Não é um trabalho fácil. Eu e minha esposa acompanhamos a evolução desses vendedores. Alguns têm problemas com drogas." Oliveira treina esses ambulantes, mas pela situação que vivem, muitos têm o DNA da venda, pois precisavam pedir para sobreviver.

O distribuidor afirma que o negócio é rentável. Com o tempo instável, sua equipe consegue vender em média 270 barras por dia, mas nos dias de calor o número chega a 6.000. Ele quer ampliar sua equipe para 50 pessoas, e assim, saltar da faixa de R$ 1.500 a R$ 3.500 de faturamento por mês para R$ 5.000.




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