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A espera do julgamento
Raphael Di Cunto
Especial para o Diário
02/10/2010 | 07:17
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Ao contrário do esperado, a eleição não acabará este domingo para os candidatos a deputado estadual e federal da região. Com a demora do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para julgar os recursos, 25 políticos do Grande ABC estão sub júdice e não terão os votos somados no final da apuração.

O motivo para isso é variado. O presidente do DEM de Santo André, Raimundo Salles, e o ex-prefeito de Mauá, Diniz Lopes (PR),ambos candidatos a deputado estadual, são os únicos que restam na região com a candidatura impugnada pela Lei da Ficha Limpa.

Salles foi condenado por abuso de poder econômico e político na eleição de 2006. "Já cumpri minha pena. Mudar isso agora é acabar com o estado de direito", afirmou.

Diniz também está confiante na absolvição. "É o mesmo caso da eleição passada, quando pude concorrer normalmente", declarou. Contra ele pesa decisão do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que julgou irregulares os gastos da Câmara de Mauá em 2004, quando era o presidente.

O ex-vereador de Mauá Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra, que concorre a deputado federal pelo PMN, conseguiu reverter no TCE o processo que o tornou ‘ficha suja'. Entretanto, como o TSE ainda não julgou o recurso, os votos só serão computados após a decisão final.

A Lei da Ficha Limpa não é, contudo, o único motivo para indeferimento das candidaturas. A falta de documentos levou a rejeição do registro do ex-prefeito de Santo André, João Avamileno (PT), e da deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) - ambos disputam vaga na Assembleia.
Os dois dizem que já entregaram as certidões que faltam para avalizar as candidaturas. Porém, terão que esperar até depois da eleição para, com os processos analisados pelo TSE, somarem seu votos aos dos outros postulantes.

Situação diferente vivem os ex-prefeitos de Diadema, José de Filippi (PT), que concorre a cadeira na Câmara Federal, e Gilson Menezes (PSB), que disputa a estadual. Os dois tiveram os registros deferidos pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), mas o Ministério Público Eleitoral entrou com recurso.

A Procuradoria Geral Eleitoral deu parecer a favor da candidatura do petista. Já o socialista não tem aval do órgão, que pede sua impugnação por desrespeito a Lei de Responsabilidade Fiscal. "Não houve dolo ou improbidade. Não sou ficha suja", disse Menezes.

Entretanto, se o TSE entender que ele não tinha condições de elegibilidade para concorrer, os votos do ex-prefeito serão anulados e retirados do total.




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