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Passeata: 5 mil pessoas defendem liberdade religiosa
Da Agência Brasil
19/09/2010 | 16:52
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Cerca de cinco mil pessoas participam neste domingo da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro,  segundo estimativa da Polícia Militar. Representantes de várias religiões, como católicos, judeus, ciganos, seguidores do candomblé e umbandistas querem chamar a atenção para o "proselitismo" religioso.

De acordo com o interlocutor da Ccir (Comissão de Combate à Intolerância Religiosa) - organizadora do evento -, Ivanir dos Santos, na tentativa de converter novos fiéis, algumas religiões têm ultrapassado o limite da liberdade de expressão, "perseguindo" e atacando determinados grupos religiosos.

"O limite é o proselitismo. Você expressar uma opinião é uma coisa. Fazer um proselitismo diário, estigmatizando e perseguindo um determinado segmento, não é liberdade de expressão", afirmou Ivanir, destacando que as religiões de matriz africana têm sido o principal alvo de grupos neopentecostais.

Praticantes de Wicca (religião neopagã influenciada por crenças pré-cristãs) também denunciam a intolerância, durante a manifestação. De acordo com a veterinária Shirley Ribeiro, 32 anos, o preconceito contra as bruxas ainda é flagrante. "Não podemos dizer que somos bruxas. Muitas pessoas, especialmente os cristãos, olham para a gente achando que fazemos coisas ruins", afirmou.

A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa pretende procurar a diretoria do Flamengo, nos próximos dias, para conversar sobre as declarações do atacante Val Baiano, consideradas desrespeitosas. Na semana passada, ao comentar o jejum de gols do time, o jogador pediu ajuda das religiões, com exceção das de matriz africana: "Se macumba fosse do bem, seria boacumba", declarou à época.

"Estamos esperando acabar a caminhada para tentar que o Flamengo tenha uma atitude (...)", afirmou o babalaô. "Vamos conversar com o Flamengo, buscamos sempre o diálogo. Se não tiver, o Ministério Público existe e está aí para cumprir o seu papel", declarou o babalaô, lembrando que a intolerância religiosa é crime no País, tipificada pela Lei Caó.




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