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Malu Pontes e Ricardo Soares de Almeida serão os nomes de São Bernardo na disputa do Mundial Open de judô, em Montreal (Canadá). A competição acontece de amanhã até o dia 22, e a dupla de atletas, representando o clube Mesc, busca ampliar as conquistas do currículo no evento. Malu foi campeã peso leve (até 57kg) em 2007 e 2009. Ricardo faturou o título nos meio-pesados (até 100kg), também no ano passado. A delegação brasileira será composta por 40 pessoas.
Com a experiência fortificada nos anos anteriores, Malu afirma que reciclar o padrão de luta será estratégia principal para tentar o tricampeonato. "Fica cada vez mais difícil manter o título. Nossas lutas vão parar na internet e todo mundo estuda nosso jogo com detalhes. É preciso sempre ter algumas surpresas na manga para mostrar", explica a lutadora, que destaca Japão, Cuba e França como principais países adversários.
Ricardo mora no Rio de Janeiro desde o começo do ano e fez a maior parte dos treinamentos ao lado dos campeões Flávio Canto, Leonardo Leite e outros talentos nacionais. Na edição mais recente dos Jogos Regionais (disputada em julho no Guarujá), perdeu para Carlos Honorato no fim e terminou em terceiro.
Ele entra na disputa franca do meio-pesado master (até 100kg) em Montreal para tentar o bicampeonato, consciente de que terá as tradicionais pedreiras pela frente. Os principais oponentes vêm da Rússia e Geórgia, atletas que se destacam sempre pelo porte físico avantajado. "Nesta categoria não tem alívio. Mas essas mudanças recentes no regulamento (leia ao lado), equipararam mais as habilidades", diz. A tendência é aumentar a fluência do combate e facilitar quem preza o judô mais puro", completa o lutador.
O mundial Open de judô é realizado anualmente. A edição 2011 já está programada para o Egito. Os resultados deste ano podem ser acompanhados em tempo real, pelo site da competição: www.masterathlete.com.
Alterações do regulamento não assustam mais
O sistema de regras do judô passou por alterações significativas há pouco mais de um ano. A Federação Internacional da modalidade refinou o regulamento básico. A intenção foi amenizar os artifícios usados por muitos praticantes, que visavam arremessar o adversário contra o tatame de qualquer forma, Isso forçava a interrupção do combate várias vezes durante o tempo regulamentar e deixava de lado a essência do esporte.
Em síntese, o koka (pontuação mais baixa) foi abolida. Agarrar o adversário pelas pernas e derrubar, também é proibido.
"As alterações foram mais sentidas pelos europeus. Muitos são da luta olímpica e abusavam desse estilo de golpe (nas pernas), que não são mais permitidos. O judô brasileiro sempre foi mais clássico e menos truncado, bem parecido com o estilo japonês. A nossa adaptação foi leve e bem mais fácil", explica Malu.
FORA DE COMBATE
No judô, existem dois tipos de punição: o shido (leve) e o hansoku-make, revertida em ippon para o adversário, ou seja, quem a recebe perde a luta.
Com a nova regra, aplicar qualquer técnica diretamente agarrando as pernas do adversário, será punido com hansoku-make. FC
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