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Novo corredor reduz tempo de viagem pela metade
André Vieira
Do Diário do Grande ABC
31/07/2010 | 09:19
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Diminuir pela metade o tempo de viagem entre o Grande ABC e o Morumbi, na Zona Sul da Capital. Essa é a promessa da extensão Diadema-São Paulo do Corredor Metropolitano ABD, inaugurado ontem e que começa operar hoje.

A abertura da faixa exclusiva para os ônibus é ensaiada pelo governo do Estado desde a década de 1980, quando o primeiro trecho da linha - que atravessa também Santo André, São Bernardo e Mauá - entrou em funcionamento.

O corredor parte do Terminal Diadema da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), no Centro, e vai até a Linha 9-Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

A linha possui 12 quilômetros de extensão, 18 pontos de parada e cinco estações de transferência. Um dos pontos foi instalado em frente ao prédio do futuro Poupatempo da Cidade Ademar, distante cerca de 1.000 metros de Diadema.

Além dos coletivos metropolitanos, também os ônibus municipais de São Paulo terão permissão de trafegar pelo corredor. A expectativa é de atender cerca de 85 mil passageiros por dia - 15 mil pelas linhas metropolitanas.

O traçado do corredor percorre as avenidas Presidente Kennedy, em Diadema, e Cupecê, Vereador João de Luca, Professor Vicente Rao e Roque Petroni Júnior, Chucri Zaidan, Luiz Carlos Berrini e Rua Flórida, na Capital.

Sem ter de disputar espaço nas ruas com automóveis, motocicletas e caminhões, os ônibus que se deslocam por faixa exclusiva conseguem atingir maior velocidade, o que reduz o período do percurso.

"Essa viagem, que hoje é feita em uma hora, será realizada a partir de agora em apenas 30 minutos", garantiu o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella.

O valor da tarifa é o mesmo do restante do sistema, R$ 2,65. O passageiro que optar pela integração com as estações Morumbi ou Berrini de trens, pagará R$ 5 - economia de R$ 0,30.

As intervenções para a construção do corredor custaram R$ 24,5 milhões. Foram realizados trabalhos para complementação do pavimento, sinalização horizontal, vertical e semafórica, além de travessia de pedestres e paisagismo.

Trólebus - Apesar das vantagens, a extensão Diadema-São Paulo foi inaugurada sem as linhas elétricas. Na falta desse complemento, os trólebus, que são veículos menos poluentes, ainda não podem trafegar pelo modal.

Segundo o governador Alberto Goldman (PSDB), a eletrificação do trecho está prevista para ter início somente em 2011. Até lá, só ônibus movidos a diesel transportarão os passageiros.

Outro segmento do corredor, o Piraporinha-Jabaquara, está sendo eletrificado desde o fim do ano passado. A expectativa é de que as obras terminem em setembro. O projeto custou cerca de R$ 21 milhões.

 

 

Grades estão sendo danificadas para travessia fora da faixa

 

Os ônibus nem começaram circular pela extensão Diadema-São Paulo do Corredor Metropolitano ABD e os alambrados que separam as pistas em dois sentidos já foram danificados pela população vizinha.

As grades estão sendo destruídas para que as pessoas possam atravessar a rua sem terem de se deslocar até o semáforo mais próximo e passar pela faixa de pedestre. Ou seja, uma atitude de vandalismo para facilitar outra ação também pouco civilizada.

Diferente do trecho do Grande ABC do corredor de ônibus, que possui grade de proteção mais resistente, a maior parte do canteiro do Diadema-São Paulo é protegida apenas por uma frágil tela de arame.

Segundo o governador Alberto Goldman, as estruturas serão reforçadas "quando for necessário", mas esse não é o problema.

"Acreditamos que a população deve se conscientizar de que não pode pular alambrado. Se o alambrado existe é para conservar o transporte público de milhares de pessoas e preservar a vida dos cidadãos", afirmou.

As barreiras de proteção mais resistentes, portanto, mais difíceis de serem danificadas, foram instaladas somente nas proximidades dos pontos de parada.

"Temos faixas, e os pedestres devem atravessar na faixa. Em uma cidade com milhões de habitantes, as pessoas precisam se entender e obedecer as regras - todos precisamos obedecer as regras", completou.

 




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