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Inverno acelera venda nos shoppings
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
11/07/2010 | 07:43
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As baixas temperaturas esperadas para este inverno esquentaram as vendas dos shoppings da região. O segmento registrou crescimento de 20% na saída dos itens ligados ao frio, na estação, quando comparado ao mesmo período do ano passado.

Entre os produtos mais procurados estão agasalhos, casacos e botas, tudo dirigido ao público feminino. "O mercado para as mulheres é o que mais ajuda em qualquer época do ano. Somos aderentes à novidades e estimulamos o setor. Compramos coisas legais no lançamento das campanhas e, ao longo da estação, vamos agregando outras novidades, como esmaltes, ou bijuterias, para combinar com o resto, por exemplo", aponta a professora de Comunicação no Ponto de Venda da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Heloisa Omine.

A educadora atesta ainda que o inverno - que em 2010 registra as temperaturas mais baixas já balizadas nos últimos dez anos - é apenas coadjuvante no aumento das vendas. Segundo ela, com o aquecimento da economia e sem o medo do desemprego, as pessoas têm se lançado às compras sem peso na consciência.

"É o movimento de toda a economia. Neste ano, mais do que os outros, as informações que temos é de que o Brasil aparece como mercado promissor. Isso faz com que o consumidor fique mais confiante em comprar, sem pensar ou fazer contas", diz.

Entre os centros comerciais do Grande ABC, o Mauá Plaza é o que registra melhor desempenho, com média de aumento de 20% em relação ao ano passado. Já as lojas do Grand Plaza afirmam que a elevação na saída dos produtos foi de 15%, quando comparado ao mesmo período de 2009. A alta na reposição dos itens foi 10% superior. Entre os artigos com maior vendagem no local são destaques os moletons, blusas de lã e casacos.

Já o Praça da Moça, em Diadema -, inagurado após a estação no ano passado -, mostra-se animado com o panorama de vendas, que segue forte, especialmente neste mês, com as férias escolares. Roupas, acessórios e calçados específicos do inverno são a coqueluche do momento. O Shopping Metrópole, em São Bernardo, que estuda a abertura de capital, e o ABC, em Santo André, que já tem capital aberto, preferiram não se manifestar sobre os dados de vendas.

PERFIL - A professora da ESPM acrescenta que reconhecer o perfil do público que frequenta o espaço é fundamental para alavancar a saída de produtos. Segundo ela, existem dois modelos básicos de público que circulam pelos centros e ambos querem gastar.

"Tem quem gosta de comprar novidades. Esses, chegam antes e pagam o que for necessário para comprar o produto e agregar sua imagem à inovação. O outro cliente é aquele que é o primeiro a comprar quando chega a promoção. Ele é antenado sobre tudo o que acontece, mas espera para comprar. Hoje, temos o encontro desses consumidores, gastando ao mesmo tempo, o que faz com que o mercado gire mais rápido e tenhamos o aumento nas vendas em comparação ao ano anterior", conclui.

Com frio à espreita, edredons e cobertores ganham destaque

Com a expectativa das maiores quedas de temperatura registradas nos últimos dez anos, a venda de cobertores e edredons também ocupa posição de destaque entre os artigos mais vendidos deste inverno nos shoppings da região. O segmento afirma que os itens tiveram, em média, vendagem 20% maior do que no ano passado.

No entanto, a professora de Comunicação no Ponto de Venda da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Heloisa Omine, atesta que isso acontece por conta do ciclo da economia nacional. "Tivemos retomada do setor de cama, mesa e banho no geral. Toalhas, cobertores, edredons, tudo vendeu mais. Há mudança positiva que culminou no inverno porque viemos em um ritmo aquecido de vendas e, com a chegada da estação, aumentou. Mas isso acontece porque as pessoas estão comprando mais e comprando de tudo."

Para a educadora, mesmo a espera de queda dos termômetros não é o suficiente para explicar o aquecimento do setor. "Ainda assim, temos clima outonal", completa.




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