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Serra diz que traição tem de ser 'discreta'
Das Agências
02/07/2010 | 09:02
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O presidenciável tucano, José Serra, disse ontem, durante sabatina na CNA (Confederação Nacional da Agricultura e da Pecuária), que traição tem de ser "uma coisa discreta". A declaração de efeito foi proferida quando o ex-governador de São Paulo contava conversa que teve com seu vive, Índio da Costa (DEM-RJ), ao telefone.

"Ontem, foi apresentado nosso Índio para a vice-presidência, um homem jovem, preparado, com experiência, que vai crescer muito e ter muita responsabilidade (...) Tem uma namorada e, me disse por telefone: ‘não tenho amantes'. Eu até disse: ‘também não precisa exagerar. O que tem que ser é uma coisa discreta'", destacou Serra, causando ao mesmo tempo desconforto e descontração na plateia.

Em seguida, o tucano completou. "Não estou aqui pregando pular cerca no casamento, mas também não precisa exagerar."

Debate - Depois de desempenhar por quase uma semana o papel de administrador da crise com o DEM, o presidenciável tucano José Serra, acompanhado do novo vice, deputado Índio da Costa, vestiu ontem o figurino de candidato à Presidência: chamou a petista Dilma Rousseff para o debate, para tentar ressaltar as diferenças de competências, e atacou os pontos fracos do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Bem à vontade, o tucano aproveitou o público ruralista para atacar o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra). Serra também reprovou a relação do governo com o movimento, ironizou a ausência e a falta de experiência da adversária petista e ainda observou que não se vende candidato como se fosse um iogurte.

"Nossa estratégia de campanha é a da exposição, da transparência e da verdade. A de outros candidatos não passa por aí", disse Serra, condenando a injeção de recursos públicos no MST e o vai-e-vem do governo e sua candidata. "Não adianta por o boné numa hora, e noutra hora tirar o boné (do MST) e esconder numa gaveta. É preciso ter clareza do que fazer", disse.

O tucano considerou legítimas as reivindicações dos sem-terra, mas advertiu que dinheiro do governo não pode financiar invasões e desrespeitar as propriedades. "Reforma agrária não pode ser pretexto para uma ação política. Na prática o MST é mantido pelo governo federal."

Enquanto Serra atacava o governo, Indio da Costa criticava Lula e Dilma Rousseff em seu Twitter. "Lula diz que não me conhece. Esqueceu que tentou barrar o (projeto) do Ficha Limpa, mas não conseguiu", escreveu o deputado.

Aproveitou ainda para acusar a petista de fugir do debate promovido pela CNA. "Tem petista que diz que sou inexperiente. Tenho mais experiência que a Dilma. Muito mais", postou.




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