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Mulher processará cinema do Mauá Plaza Shopping
Bruna Gonçalves
Kelly Zucatelli
08/06/2010 | 08:06
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A auxiliar de administração Ilsa Paes da Silva, 36 anos, entrará na Justiça para requerer danos morais, após ter sido proibida de entrar em sessão do Cinearaújo, dentro do Mauá Plaza Shopping, em Mauá.

A mulher, que é aluna do curso de Radiologia do Instituto Polígono, em São Bernardo, sentiu-se constrangida na quinta-feira, quando tentou pagar meia-entrada para a exibição e se surpreendeu com a negativa da atendente. "Há um mês e meio, depois de duas tentativas de conseguir o desconto e ter sido negado, em maio consegui o benefício. Mas na semana passada a gerente me disse que eu não poderia entrar, pois o benefício era somente para estudantes de Mauá. E eu sei que tenho o direito!", reclamou a mulher.

A auxiliar administrativa contou que, além de tentar buscar seus direitos para pagar meia-entrada no cinema, pedirá indenização pelo constrangimento que passou na fila do cinema. "Saio de casa para um momento de lazer, e meu filho de 8 anos é obrigado a presenciar todo o problema, inclusive, na delegacia, onde tive que ir para fazer boletim de ocorrência, após ter chamado a polícia", explicou Ilsa.

A ex-vereadora de Mauá Cássia Rubinelli (PT) disse que elaborou lei que regulamenta o procedimento na cidade em meados de 2005, explicou que a legislação municipal serve apenas para beneficiar estudantes da cidade.

Porém, segundo lei estadual e medida provisória do governo federal, é assegurado o direito de meia-entrada a todos os alunos.

Para o presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Augusto Chagas, a atitude do cinema é ilegal, pois mesmo que a lei municipal especifique o desconto apenas para os estudantes da cidades, a determinação não pode valer mais do que as de âmbitos estadual e federal.

A reportagem tentou contato com a a gerência do Cinearaújo, mas o telefone da empresa caiu em uma gravação.

O ex-prefeito Leonel Damo (sem partido), sancionou a lei de Mauá, mas defendeu à reportagem que todos os moradores da cidade, independente de estudarem ou não no município, têm o direito à meia-entrada.




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