A derrota do Santo André diante do Coritiba (3 a 1, neste sábado à tarde, no Estádio Bruno Daniel) elevou o termômetro no ambiente. Ainda no gramado, Sérgio Soares teria criticado alguns jogadores. Também ouviram o treinador comandar a gritaria nos vestiários.

Em campo, o time da casa, irreconhecível, não resistiu à fase ascendente do Coritiba (terceiro colocado, com 14 pontos) que, desde o início, ditou a superioridade. As cenas estavam bem previstas. Os donos da casa pareciam complicados nos itens mais elementares. Os visitantes recorriam às constantes inversões ao embalo de Rafinha.

O primeiro gol do Coritiba surgiu aos 14 minutos no chute longo e preciso de Marcos Paulo, que arrematou no ângulo direito de Júlio César - 1 a 0.

Aos 45, Júlio César entrou na dividida e, ao derrubar o centroavante Ariel, percebeu que o árbitro Antônio de Carvalho Schneider assinalou o pênalti. As reclamações ostensivas do goleiro custaram o cartão vermelho ao camisa um do Santo André. Aos 48, o próprio Ariel ampliou - 2 a 0 no contrapé de Neneca, que substituiu Rodrigão.

A etapa complementar trouxe a reprise das falhas do Ramalhão (14º colocado, com sete pontos), que apenas patinou sem rumo na tentativa de atacar ou defender. Nem o recuo do Coritiba, que preferia trocar passes para segurar a vantagem, serviu de pretexto para que os derrotados reagissem.

Aos 32, o canhotinha Altair ajeitou de fora de área e se deu ao luxo de escolher o canto esquerdo para diminuir o placar - 2 a 1.

O lateral-esquerdo Triguinho abusou da violência aos 35 e, a exemplo de Júlio César, saiu de combate mais cedo.

Aos 38, Claiton, ao ajeitar o cruzamento, selou o castigo - 3 a 1 para o Coritiba. Neneca, aos 45, impediu que se configurasse a goleada ao se atirar nos pés de Enrico e desviar a escanteio.

Ao fim do jogo, Alê se aproximou do árbitro para reclamar e tomou o vermelho.