O PSB de Diadema quer lançar o nome do vice-prefeito Gilson Menezes (PSB) para ser o candidato a vice do empresário Paulo Skaf ao governo do Estado, que ontem teve sua pré-candidatura lançada em São Paulo. Em mais uma da série de surpresas do político que foi o primeiro prefeito petista do Brasil, Gilson disse ser um "soldado do partido e que toparia" o desafio, caso fosse convidado.

"Faço academia três vezes por semana e tenho caminhado para ganhar musculação", confidenciou Gilson, quando indagado sobre sua saúde e o pique necessário para uma campanha em busca de votos ao governo estadual. "Não queria surpreender, mas política é assim mesmo. Porém, não tem nada definido sobre minha candidatura a vice-governador", ressaltou.

Se depender do presidente do PSB municipal e secretário de Segurança Alimentar na Prefeitura, Manoel José da Silva, o Adelson, tudo é uma questão de tempo. "Retiramos o nome do Gilson em reunião do Conselho Político do partido na quinta-feira (anteontem). Hoje (ontem), conversei com ele para trabalharmos o seu nome como vice do Paulo Skaf", confirmou Adelson, que defendeu o nome de Gilson por sua "história política".

A partir de segunda-feira, Adelson promete agendar horário com o presidente do PSB estadual e deputado federal, Márcio França, e o próprio Skaf, aliás o nome da vez do partido. O presidente municipal descartou a possibilidade de balão de ensaio do nome de Gilson. "Não gosto disso. Vamos trabalhar o nome do Gilson", retrucou. Ontem, durante a pré-candidatura de Skaf, não houve possibilidade de qualquer conversa a respeito, segundo Adelson e o próprio Gilson.

No entanto, o entusiasmo da dupla de Diadema não é o mesmo de Wilson da Silva, primeiro secretário da Executiva Estadual do PSB, que veio de Brasília com o deputado para participar do lançamento de Skaf. "Em nenhum momento isso chegou oficialmente para nós. Aliás, nunca foi cogitado e há dificuldade de sairmos com chapa pura, o que enterraria nossas futuras alianças", avaliou.

E foi além na crítica. "Primeiramente, o diretório do PSB de Diadema tem de ver o que quer e passar para a gente", alfinetou, referindo-se ao fato de Gilson ter se reunido anteontem com Márcio França em São Paulo e ter trabalhado seu nome para deputado estadual.

Gilson não comentou à reportagem sobre o encontro com França, mas não descartou a possibilidade de disputar vaga na Assembleia, conforme o Diário adiantou na edição do dia 13 de agosto de 2009.