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Greve da Justiça atinge 10% dos fóruns do Grande ABC
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
12/05/2010 | 07:00
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A greve dos servidores do Judiciário de São Paulo - que completa 15 dias hoje - já conseguiu a adesão de cerca de 60% dos profissionais do segmento. No entanto, no Grande ABC, apenas 10% dos trabalhadores acompanham a paralisação, o que, segundo as administrações dos fóruns regionais, não tem prejudicado o atendimento nos locais.

Mauá e São Bernardo são as cidades que registram maior lentidão na prestação de serviços. Mas, apesar da defasagem de profissionais, as varas seguem recendo demandas, sem problemas. "Uma das varas com menos funcionários é a criminal, em Mauá, mas os demais atendimentos estão normalizados, com alguns servidores a menos, mas com atendimento normal. A adesão ainda é pouca, mas com a assembleia amanhã (hoje) devemos aumentar a paralisação", diz uma servidora do fórum mauaense que preferiu não se identificar.

Mesmo com a redução no quadro de profissionais, o advogado de Mauá, Carlos Eduardo de Souza, diz que não tem enfrentado problemas. "Por enquanto está tudo normal. Fui lá nessa semana e fiz tudo o que foi proposto. Não tive audiências na vara criminal, mas consultei processo e tive atendimento normal."

Com cerca de 500 funcionários, a paralisação de 50 profissionais ainda não afetou totalmente o fórum. "Sabemos que está prejudicado. Mesmo com atendimento defasado, o distribuidor e o cartório, que concentram maior volume de trabalho, estão abertos. Alguns estão funcionando precariamente, mas funcionando", afirma a servidora que também prefere não se identificar.

SEM ACORDO - Ontem, entidades representativas de servidores do Judiciário, o TJ (Tribunal de Justiça) paulista e o governo do Estado de São Paulo voltaram a reunir-se em audiência conciliatória, sem sucesso.

O motivo do novo encontro foi a ação de dissídio coletivo por greve, que as entidades impetraram na semana passada para pedir a revisão dos valores que estariam defasados.

Segundo nota da ASSTJ (Associação dos Servidores do Tribunal de Justiça do Estado de são Paulo), o governo não fez propostas a categoria alegando falta de recursos. Com isso, " o processo passa a ter a tramitação normal do dissídio coletivo", completa o comunicado. Também em nota, o TJ afirma que a reunião foi "infrutífera".

Hoje, às 13 horas, acontece nova assembleia geral estadual na Praça João Mendes.

Os servidores solicitam reposição total das supostas perdas salariais em 20,16% advindos do descumprimento das datas-base de 2009 e 2010. O índice também contempla residual de 2008. Além disso, a classe exige votação de projeto que aumenta o número de vagas no setor, diminuindo a falta de profissionais. A categoria está em greve desde o dia 28.




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