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Construtora de Mauá é desqualificada de licitação
Matheus Adami
Do Diário do Grande ABC
09/04/2010 | 07:44
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Para quem construiu o Paço de Mauá, há cerca de 35 anos, levantar uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) não seria tarefa difícil. Mas o ‘portfólio' da Bianchi Biachi Engenharia, de São Caetano, não foi o suficiente para convencer o governo Oswaldo Dias (PT) a entregar a obra da UPA da Vila Assis Brasil, a primeira das quatro unidades da administração petista, aos cuidados da construtora do Paço.

De acordo com o advogado Bilac de Almeida Bianchi, proprietário da empresa, o edital da obra ‘conduziu' o resultado do certame.

"Me desclassificaram porque eu não atendia às exigências técnicas, o que é um absurdo. Para quem fez uma obra para o Paço Municipal há 35 anos e é impedido de fazer uma ‘obrinha', tem alguma coisa errada", disse.

Segundo ele, o regulamento - lançado no mês passado - exigia "coisas como tintas antipixação e antiferrugens". "São coisas sem cabimento. Entramos também em uma concorrência da Fatec (Faculdade de Tecnologia) de R$ 35 milhões e eles só exigiam que as empresas tivessem feito obras equivalentes", pontuou.

No edital do certame, organizado sob a forma de tomada de preço, era exigido broca de concreto armado e armadura em tela soldada de aço. O segundo item, principalmente, recebeu críticas de Bianchi. "Isso não se usa, não tem função nenhuma". Além disso, o Paço exigia um painel e cobertura feitos em estrutura metálica.

"O problema é que ela fez umas exigências técnicas que tudo indica que tem um destino. Em uma concorrência, o objetivo é chamar o maior número possível de candidatos para ter realmente uma concorrência e o preço seja vantajoso para o poder público", completou Bianchi.

OUTRO LADO - Secretário de Obras de Mauá à época do lançamento do edital, Helcio Antonio da Silva afirmou que não houve nenhum problema com a documentação.

"Tem que cumprir o que está no edital. A comissão de licitação segue rigorosamente o que está no edital. Há todo um processo, um ritual que tem que ser seguido", disse o petista, que deixou a Pasta para tentar a candidatura a deputado federal.

"Qualquer pessoa que se sente prejudicada, pode entrar com recurso. Até agora, não chegou nenhum", disse Helcio, sobre possível represália da empresa.




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