São 12 anos de apoio incondicional ao Azulão. Muitas vitórias, empates e derrotas no curriculo, centenas de jogos. Experiência que dá argumentos suficientes para os integrantes da Bengala Azul, folclórica torcida do clube, analisar o atual momento do São Caetano. E a opinião é uma só: falta identificação dos jogadores com o time e com a cidade.

Um dos mais críticos é Agostinho Folco, 76 anos. "Antigamente os jogadores se importavam conosco, passavam sempre por aqui, conversávamos e tínhamos uma relação sadia. Hoje, a impressão que dá é que eles pouco se importam com o clube, não sei se estão aqui apenas pela condição financeira ou para se promover, mas o São Caetano perdeu a identidade. A exceção é o goleiro Luiz", lamentou o presidente da Bengala Azul que tem critério curioso na aceitação de novos associados: precisa ter mais de 60 anos.

Outra torcida do clube é a Jovem Azulão 13 que também criticou o momento do clube. "Antes tínhamos liberdade para conversar com os jogadores, acesso aos vestiários e hoje nem por perto passamos. Tive que abandonar vários jogos esse ano porque minha pressão subiu de tanta raiva", confessa a secretaria da torcida, Daisy Garcia.