A Fundação Casa (antiga Febem) rescindiu o contrato que tinha com a ONG (Organização Não Governamental) Associação de Moradores do Bairro Jardim Zaíra e Circunvizinhos, que compartilhava a operalização da unidade de Mauá.

A decisão foi publicada no Diário Oficial da sexta-feira, mas o anúncio foi feito ontem pelo advogado Ariel de Castro Alves, presidente da Fundação Criança de São Bernardo e coordenador do Grupo de Trabalho Movimento Criança Prioridade 1 do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. "Temo por um possível prejuízo para estes jovens. É importante a participação da sociedade e empresas para a recuperação deles." Alves vai tentar intermediar uma reunião entre a fundação e a associação. "Os funcionários da ONG precisam pegar os pertences pessoais, móveis e objetos que pertencem à entidade."

Em nota, a Fundação Casa alega que investigações feitas pela Corregedoria-Geral e a Superintendência de Controle Interno da instituição constataram irregularidades na prestação de contas. A fundação promete acionar judicialmente a ONG e exigir a devolução dos recursos oferecidos durante o contrato.

De acordo com levantamento feito pelo Conselho Tutelar de Mauá, os 56 internos reclamam do atendimento recebido dos técnicos da Fundação Casa depois que a instituição assumiu integralmente a unidade. A fundação alega que já esclareceu a situação.