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Venda de sorvetes cresce 30% no verão
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
21/03/2010 | 07:47
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As altas temperaturas deste início de ano aumentaram em até 30% as vendas de sorvetes no Grande ABC. Mas a corrida pela guloseima fez com que muitos vendedores de rua reclamassem da dificuldade em conseguir o produto para pronta-entrega nos atacadistas.

Apesar da alegação, o presidente da Abis (Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes), Eduardo Weisberg, diz que os problemas de entrega são pontuais. "Sorveteiro quer entregar sorvete. Uma ou outra marca pode ter problemas, mas todos já estavam preparados para o calor. Alguma empresa pode estar com dificuldades porque planejou errado ou demorou para receber. Mas, no geral, o setor todo está muito bem abastecido", diz.

Segundo Weisberg, os fabricantes de sorvetes aumentam em 70% a produção neste período exatamente para evitar prejuízos na saída do produto. "Nos preparamos muito exatamente para esta época. O sorvete é um item que tem crescido no consumo popular. Aumentamos em 24% a procura. Pulamos de quatro para quase cinco sorvetes consumidos por pessoa por mês."

Weisberg confirma que as vendas têm extrapolado expectativas. "Está bem acima das perspectivas que tínhamos. Deve estar cerca de 3% superior ao esperado, mas estamos no início do ano, é inviável ter uma perspectiva mais certeira", diz.

Para resolver o problema, distribuidores da região aceleraram a produção.Carlos Moreno, da Bariloche, empresa que fornece inclusive para lojas de São Paulo, diz correr para evitar o fim dos estoques. "Mantemos a produção em nível elevado. As vendas têm nos surpreendido positivamente", diz.

O proprietário da sorveteria Granello, Dagmar Costa, avalia que a comercialização aumentou 30% em fevereiro em comparação ao mesmo período de 2009. "Houve melhora significativa. Temos fábrica e loja, mas em relação ao ano passado melhorou muito. No verão, sempre sai mais sorvete, mas neste ano, aumentou demais", alega o fabricante de sorvetes artesanais.

Ele justifica, no entanto, que com o aumento da demanda, fornecedores da matéria-prima têm exigido maior prazo para entrega. "O período de espera subiu, mas estamos preparados e nosso prazo para os clientes permanece, temos estoque bom e não tivemos dificuldades", afirma.

Costa ressalta, no entanto, que teve problemas com o freezer da fábrica, o que paralisou a produção. "Por enquanto estamos com estoques para nossa loja, mas a fábrica, em si, está indo um pouco mais devagar que o normal", completa.

Protetor solar e gelo também registram variação positiva
Não foram apenas os sorvetes que tiveram variação positiva por conta do calor. Protetor solar e gelo também foram muito procurados nos meses de janeiro e fevereiro. Apesar de não possuir dados consolidados, varejistas confirmam que os produtos tiveram maior saída nas prateleiras dos supermercados, drogarias e perfumarias da região.

Produtor de gelo e sorvetes no Grande ABC, a empresa Oggi - Só Gelo, que atende inclusive as redes Carrefour e Pão de Açúcar no interior paulista, também afirma que foi necessário aumentar produção. A fábrica elevou em 40% sua capacidade produtiva para produzir picolés e gelos. "Temos de aproveitar o momento, porque este mercado é sazonal", aponta Mauad, diretor-geral da Oggi Sorvetes.




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