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Mulheres têm mais escolaridade, mas ganham 72,3% do salário dos homens
Do Diário OnLine
08/03/2010 | 15:50
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As mulheres têm mais escolaridade, mas seu salário ainda é inferior ao dos homens, segundo o estudo "Mulher no Mercado de Trabalho: Perguntas e Respostas", divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta segunda-feira, Dia Internacional da Mulher.

Enquanto os trabalhadores do sexo masculino receberam em média R$ 1.518,31 em 2009, elas ganharam R$ 1.097,93. Segundo o levantamento, as mulheres ganham em torno de 72,3% do rendimento recebido pelos homens – em 2003, esse percentual era de 70,8%. Para que o salário delas se iguale ao dos homens, o rendimento das mulheres precisa subir 38,3%.

Essa diferença leva em consideração pessoas com a mesma escolaridade, que exercem atividades semelhantes. “Tanto para as pessoas que possuíam 11 anos ou mais de estudo quanto para as que tinham curso superior completo, os rendimentos da população masculina eram superiores aos da feminina”, afirma o IBGE.

Ainda segundo o instituto, enquanto 61,2% das trabalhadoras tinham 11 anos ou mais de estudo (ou seja, ao menos o ensino médio completo), para os homens este percentual era de 53,2%. A parcela de mulheres ocupadas com nível superior completo era de 19,6%, também superior ao dos homens (14,2%). Por outro lado, nos grupos de menor escolaridade, a participação dos homens era superior a das mulheres.

Setor – Na análise por setor de atividade econômica, a diferença de rendimento para a escolaridade de 11 anos ou mais de estudo no comércio é de R$ 616,80 a mais para os homens. Quando a comparação é feita para o nível superior, ela é de R$ 1.653,70 para eles.

Na construção, as mulheres com 11 anos ou mais de estudo têm rendimento ligeiramente superior ao dos homens com a mesma escolaridade: elas recebem, em média, R$ 2.007,80, contra R$ 1.917,20 dos homens.

Carteira assinada – No ano passado, aproximadamente 35,5% das mulheres estavam inseridas no mercado de trabalho como empregadas com carteira de trabalho assinada, percentual inferior ao observado na distribuição masculina (43,9%).

As mulheres empregadas sem carteira e trabalhando por conta própria correspondiam a 30,9%. Entre os homens, este percentual era de 40%. Já o percentual de mulheres empregadoras era de 3,6%, pouco mais da metade do percentual verificado na população masculina (7,0%).

Em busca de emprego - A pesquisa acrescenta que, no ano passado, aumentou o número de mulheres que procuram trabalho. De acordo com o instituto, a população feminina desocupada (1,057 milhão de mulheres) está muito concentrada no grupo etário entre 25 e 49 anos de idade. Em 2003, as mulheres nesta faixa etária correspondiam a 49,3% da população feminina que não trabalhava. Em 2009, elas já eram mais da metade: 54,2%.

As informações usadas no estudo têm como base a PME (Pesquisa Mensal de Emprego) 2009, realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.




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