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Suspeita de fraude leva OAB a suspender 2ª fase
Do Diário OnLine
Com AE
02/03/2010 | 21:08
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A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) decidiu suspender a segunda fase de seu exame nacional após denúncias de fraudes. A Ordem entrou com queixa crime na PF (Polícia Federal) e adotou um conjunto de medidas para preservar a lisura dos testes para registro de novos profissionais.

A medida foi tomada após relato de irregularidade recebido pela Comissão de Exame de Ordem da OAB de São Paulo sobre o exame realizado em 28 de fevereiro, na cidade de Osasco (SP). Segundo as denúncias, um candidato teria acessado a prova de Direito Penal antes de sua aplicação.

A queixa foi formalizada pelo presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante. O diretor-geral interino da PF, delegado Luiz Pontel de Souza, informou que abrirá o inquérito e pedirá à Superintendência do órgão em São Paulo a designação do delegado encarregado. Ophir determinou também a suspensão da correção e divulgação dos resultados do exame, e pediu que o Cespe (Centro de Seleção e Promoção de Eventos da UnB), responsável pela aplicação das provas, abra imediatamente uma sindicância para apuração de responsabilidades internas.

Em dezembro passado, a OAB de São Paulo já havia suspenso o exame marcado para a capital e 27 cidades do interior, ante a suspeita de fraude. Um cursinho preparatório para o exame teria aplicado questões idênticas à que constava da prova. Denúncias desse tipo vinham se acumulando nos vários Estados e, por isso, a OAB promoveu mudanças e unificou a aplicação do exame em todo o País, entregue à coordenação do Cespe.

Mas, segundo constatou a direção da OAB, mal o novo modelo começou a funcionar, surgiu a primeira denúncia de violação da prova. O exame de ordem é um dos testes de seleção mais difíceis do País e, em média, apenas 70% dos candidatos são aprovados.




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