Questionado nesta quinta-feira, 29, sobre os termos do relatório final do TCU, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em 11 de janeiro, o novo secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, afirmou: "O relatório é preocupante. Ele está sendo tratado pela AGU (Advocacia-Geral da União). Posso dizer que nossa administração busca trabalhar com transparência, tempestividade e seguindo as regras. Esta é a nossa diretriz".
O posicionamento de Saintive sobre o assunto revela a estratégia do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A nova direção busca, de todas as formas, dar sinais de que a política econômica é "completamente distinta" daquela que vigorou no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.
Restos
Saintive informou que o governo acumula despesas de R$ 226 bilhões em "restos a pagar" que farão parte da programação financeira deste ano. Esse valor, disse, é um estoque de "vários anos", e não apenas de 2014. "Nem todo esse valor se paga neste ano. Existe um ciclo de obras, principalmente do PAC, que não necessariamente se paga neste ano".
CDE
O secretário do Tesouro reafirmou nesta quinta que o financiamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o "super fundo" do setor elétrico, não terá os R$ 9 bilhões em recursos do Tesouro.
"A posição do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não se alterou". Levy defende a retirada total de recursos públicos, transferindo integralmente o custo para a conta de luz dos consumidores. "Levy já se pronunciou sobre o assunto e tenho a convicção que a posição dele não se alterou", disse Saintive.
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, defende manter ao menos uma parte dos recursos da CDE para evitar uma alta forte da conta de luz.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.