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Síndrome metabólica

A síndrome metabólica é um transtorno caracterizado...

Leo Kahn
03/01/2013 | 00:00
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A síndrome metabólica é um transtorno caracterizado por conjunto de fatores de riscos cardiovasculares relacionados com resistência à insulina e obesidade abdominal, aumentando a mortalidade geral em cerca de duas vezes e a cardiovascular em três vezes. 

Nos Estados Unidos, 47 milhões de pessoas apresentaram síndrome metabólica, ou seja, estima-se que 24% da população adulta seja portadora e que aproximadamente 50% a 60% dos americanos com mais de 50 anos também façam parte dessa preocupante população de alto risco cardiovascular. 

No Brasil, estudo feito no Rio de Janeiro em 1983 avaliou a pressão arterial em mais de 7.000 jovens e seus familiares, analisando fatores de risco cardiovascular. Os resultados mostraram relação direta entre a pressão arterial e o peso corporal dos jovens e seus familiares. 

Diversos estudos demonstraram que o acúmulo predominante de células gordurosas na região abdominal leva a aumento de risco de doença cardiovascular e morte prematura. 

As alterações metabólicas associadas com obesidade abdominal incluem as dislipidemias, resistência à insulina, diabetes de tipo 2, síndrome metabólica, inflamações e trombose. Nos últimos anos, tornou-se cada vez mais claro que a distribuição de gordura é importante para considerar os riscos de obesidade. 

Foi sugerido na década de 1940 que o risco cardiovascular e metabólico está mais intimamente relacionado com a obesidade andróide (abdominal ou corpo em forma de maçã) do que com a obesidade ginóide (corporal mais baixa ou corpo em forma de pêra). Simultaneamente, surgiram novos dados com relação ao vínculo entre o risco cardiovascular e a obesidade abdominal, especialmente o significado de gordura intra-abdominal - que fica armazenada dentro da cavidade abdominal, ao redor dos principais órgãos -, como importante fator de risco para doenças cardiovasculares. 

A obesidade abdominal pode simplesmente ser medida pela circunferência da cintura, mas podem ser ainda usados métodos de imagem como a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética por imagem. 

Dicas: 

- A síndrome é mais comum nos homens, que em geral têm maior tendência a acumular gordurinhas na barriga. Outro indicador pode ser o IMC (Índice de Massa Corporal), que não deve ser maior do que 30; 

- Exercício físico e dieta são considerados terapias de primeira escolha, levando à redução expressiva da circunferência abdominal e da gordura visceral, podendo ainda melhorar a sensibilidade à insulina, reduzindo os níveis de glicose. Simultaneamente, há redução da pressão arterial e nos níveis de triglicérides, bem como aumento do HDL;

- Há recomendações em relação ao plano alimentar, como reduzir a ingestão de calorias sob a forma de gorduras saturadas para gorduras insaturadas, assim como reduzir o consumo de gorduras trans e aumentar a ingestão de frutas, hortaliças, leguminosas e cereais integrais, diminuindo a ingestão de açúcar e sal, consumidos habitualmente em excesso. 

- Em pacientes com a síndrome, a dieta deve priorizar carboidratos e fibras, reduzir o sódio (sal) e a ingestão de colesterol. 

- A gordura total não deve exceder 30% do valor calórico total diário. 

- A obesidade abdominal pode ser medida pela circunferência da cintura, que não deve ultrapassar 102 cm nos homens e 88 cm nas mulheres (recomendação da Sociedade Brasileira de Cardiologia). Uma redução na circunferência da cintura de 9 cm equivale a redução de 30% na adiposidade intra-abdominal prejudicial. 

- Os pacientes com síndrome metabólica têm risco pelo menos duas vezes maior de doença cardiovascular em comparação com pacientes sem a doença. 

- O risco de diabetes é também ampliado em aproximadamente cinco vezes pela síndrome metabólica, tanto em homens como mulheres. 

- Os especialistas indicados para o diagnóstico e tratamento devem ser cardiologista, endocrinologista, nutricionista e, se possível, o professor de educação física, formando equipe multidisciplinar. 




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