“A Campanha da Fraternidade de 1988 adotou a temática ‘A Fraternidade e o Negro’. Nesse emblemático ano da história do Brasil, lembrou-se o centenário da abolição da escravidão, implementou-se uma nova constituição e, em consequência, realizaram-se diversos eventos.”
Cf. Pâmella Santos dos Passos, Maria Cristina Giorgi e Ronaldo Pimentel Baptista, in Educere et Educare, vol. 10, nº 20, julho a dezembro de 2015.
No título de hoje, mais uma frase do cântico da CF de 1988.
Domingo, 15 de maio de 1988. Na terceira matéria da série sobre o centenário da Lei Áurea, a coluna Memória falava de futebol. Eram lembrados os negros que jogavam em São Bernardo, especialmente no clube Palestra local. Dois anos antes havíamos publicado um livro sobre o clube. Na nossa mente estavam vivos os depoimentos dos antigos jogadores sobre o jogador e técnico das primeiras categorias, João Mariano de Campos, o Nandinho.
Nandinho era do time principal. Titular absoluto. E cuidava dos infantis e juvenis. Mais que ensinar futebol, ele orientava os rapazes para que fossem honestos e evitassem os vícios, do álcool ao fumo.
Depois, homens feitos, os antigos jogadores só tinham palavras de agradecimento ao negro Nandinho. E o resumo principal, que usamos na matéria de 30 anos atrás, foi feito por Theobaldo Coppini: “(o Palestra) Um time diferente.
Formado por uma colônia italiana, para onde veio um alemão (Carlos Zimmerman) e onde começaram a juntar os pretos do Palestra. Era um amadorismo puro. A cidade também era pura”.
O termo ‘pretos’ era usado carinhosamente. O usamos várias vezes na série comemorativa ao centenário da libertação oficial dos escravos, 30 anos atrás. Hoje, tempos do ‘politicamente correto’, nos preocupamos com a repercussão das palavras ditas e publicadas à época. Por certo, se vivo fosse, Theobaldo Coppini viria em nossa defesa.
Diário há 30 anos
Domingo, 15 de maio de 1988 – ano 31, edição 6753
Manchete – Plano de Sarney (presidente da República) prevê aumento de 4% do PIB em 1988
Diário – Suplemento especial de 24 páginas focaliza 30 anos de comunicação: Diário, 1958-1988.
Em 15 de maio de...
1918 – Munícipes de São Bernardo escrevem aos jornais contra a cobrança judicial de impostos vencidos.
“Não basta o imposto do selo, que é outra extorsão, tendo os fiscais a faculdade de multar à vontade todos aqueles que, por descuido ou ignorância, cometem a mais insignificante omissão”, escreve um morador de Ribeirão Pires ao Estadão.
A Câmara Municipal é acusada, mas vêm as explicações: a cobrança executiva era, na verdade, da Fazenda do Estado; e os avisos de cobrança foram emitidos pela coletoria local.
A guerra. Do noticiário do Estadão: continuam os preparativos alemães para novo ataque.
Santos do Dia
Isidoro Lavrador
Cássia
Dionísia
Torquato
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