Memória Titulo Culinária
O Laportes presente.

Mais que um restaurante, uma família

Ademir Medici
08/08/2017 | 07:00
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 O Laportes presente.

Mais que um restaurante, uma família

 

Na inauguração do novo restaurante Laportes Campestre, os vizinhos trouxeram flores e presentes para Dona Marina. E recordaram:

– A senhora dava bala pra gente na mercearia, lembra?

A esquina da Vitória Régia foi restaurada. Valorizada. Surgiu uma casa com janelões, pé-direito alto, uma linda escadaria. E a vizinhança reconheceu o esforço daquela equipe familiar quase toda feminina interessada em vencer com o diferencial da camaradagem e bons propósitos no campo gastronômico, no campo humano.

 

Trabalho. Paciência. Não desistir. Persistir. Em quatro palavras, Marina Laporte Buttner sintetiza a receita aos que querem empreender e vencer, como ela fez para atingir a rede Laportes de restaurantes, três casas originárias de uma mercearia da família localizada no bairro Campestre, em Santo André. Uma história que acaba de completar, feliz, os 35 anos.

Laportes tem unidades em Santo André – no espaço da antiga mercearia, na Rua Vitória Régia, bairro Campestre –, em São Caetano (Centro, Rua Pernambuco) e em São Paulo (Itaim Bibi). Três décadas e meia vencendo crises, trocas de governantes e de sistemas de governo. Adaptando-se aos novos tempos ditados pela moda gastronômica que vai e vem. Mas, principalmente, mantendo a fidelidade inicial de oferecer pratos com o requinte nascido daquelas comidas caseiras, bem temperadas, transmitidas pela mamma Helena, pela avó.

Detalhes fundamentais: os três restaurantes contam com 70 funcionários; recebem 1.000 clientes/dia; são administrados, direta e basicamente, por mulheres: a própria Dona Marina – a cabeça do negócio –, as filhas Simone, Débora e Solange, e uma terceira geração formada pelos netos, aqui sim mesclando homens e mulheres.

 

Loucura?

Dona Marina acreditou

 

Literalmente, Dona Marina e as filhas Débora e Solange podem ser encontradas no cotidiano da cozinha, pondo a mão na massa, treinando e formando novos chefs. Os demais familiares vão às compras, administram o dia a dia, recebem os clientes, conversam com eles, que formam uma grande família, a Família Laportes.

E tudo começou, realmente, pela cabeça e pensamento de Dona Marina, que ficou viúva prematuramente, com a partida do marido Valter Bernardo Buttner em 1976.

“Foi muito difícil, no começo. Eu não entendia quase nada de restaurante. Entendia das minhas comidas de casa. Sempre gostei de cozinhar, preparar aquelas comidas ‘temperadonas’ que aprendemos a fazer. A carne assada, a macarronada, a berinjela, o pastel de receita familiar. Cresci neste meio. Tinha gosto por este tipo

de comida”, reflete Dona

Marina.

A primeira resistência

veio da família.

– Vou vender a mercearia. Vou montar um restaurante.

– Você é louca!

A loucura deu certo – e aqui entrou a receita de não desistir, de persistir, revelada por Dona Marina.

 

LAPORTES SERVIÇOS

Unidade Campestre – Rua Vitória Régia, 1.419 – Santo André. Fone: 4991.8466. 120 lugares. Funcionamento: Segunda-feira a sábado, das 11h30 às 15h.

Unidade São Caetano – Rua Pernambuco, 400 – Centro. Fone: 4226.7607. l80 lugares. Domingo a sexta-feira no horário do almoço, que vai das 11h30 às 15h.

Unidade Itaim Bibi – Rua Urussuí, 320, São Paulo. Fone: 3079.4263. 180 lugares. Aberto de domingo a sexta-feira no horário do almoço, que vai das 11h30 às 15h.

 

AMANHÃ EM MEMÓRIA

A diversificação

Da feijoada ao eisben

 

Diário há 30 anos

Sábado, 8 de agosto de 1987 – ano 30, edição 6515

Nas Estrelas – Sepultado o palhaço Estrimilique, no Cemitério da Saudade, em Santo André.

“O palhaço deve ter seu lugar reservado ao lado dos deuses, porque nele a alegria transcende.”

(de uma crônica de Carlos Drummond de Andrade).

“Não me arrependo de ser palhaço. O palhaço tem que

gostar daquilo que faz. Infelizmente, muitos palhaços que hoje estão

por aí não gostam e por isso não têm talento. Mas sempre me dei bem com as crianças.”

(Tobias Coimbra Fernandes, o Estrimilique).

Nota – As frases foram selecionadas pelo jornalista Mauricio Milani, na cobertura do enterro do

eterno palhaço de Santo André.

 

Em 8 de agosto de...

1917 – A greve geral na Bahia. A demissão do prefeito de Salvador. Operários atacam o palácio do governo. Jornais incitam o povo a reagir contra a carestia de vida, a exemplo do Rio e São Paulo.

A guerra. Do noticiário do Estadão: a China e a Libéria declaram guerra à Alemanha.

1932 – Aparece destruída a ponte existente na Estrada do Guarará,

em Santo André, segundo registro de João Netto Caldeira, Álbum de São Bernardo, 1937.

1942 – Oswaldo Passarelli solicita licença para comercializar com

lenha na Avenida 15 de Novembro, 57, em Santo André.

 

Municípios Brasileiros

Celebram seus aniversários em 8 de agosto:

Em São Paulo, Alvinlândia e Votuporanga

No Piauí, Campo Maior e Pio IX

Em Minas Gerais, Conceição dos Ouros

Na Bahia, Morro do Chapéu e Muritiba

Em Santa Catarina, Nova Trento

No Rio de Janeiro, Paracambi

Em Pernambuco, Pedra

Fonte: IBGE




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