Isso porque Zavascki tem de decidir sobre a derrubada do sigilo em cada um dos casos. A inclinação do ministro é para acabar com o segredo, nos termos do que for solicitado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Só após analisar todos os pedidos de investigação e decidir sobre o sigilo em cada uma das petições, o ministro irá liberar as peças.
Desde a chegada das delações premiadas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef na Corte, Zavascki tem mantido o caso "oculto" no STF - grau de sigilo superior ao segredo de justiça. O procurador-geral já informou que, quando encaminhar os pedidos de abertura de inquérito contra os parlamentares irá também pedir a retirada do sigilo.
A expectativa é que Zavascki atenda o pedido de Janot. Nos casos em que diligências de investigações - como quebra de sigilo bancário ou interceptação telefônica, por exemplo - exigirem segredo, o ministro pode deixar em segredo apenas as medidas que serão adotadas. Os inquéritos devem chegar ao STF no final da tarde de amanhã, segundo previsões feitas nos bastidores do Supremo.
O STF tem 42 procedimentos equivalentes aos fatos apurados com base nas duas delações. O número não corresponde, necessariamente, ao total de políticos que serão investigados. O PGR poderá pedir abertura de inquérito, oferecer denúncias - quando entender que já há indício de provas suficientes - ou ainda solicitar o arquivamento dos trechos das delações que mencionam o envolvimento de parlamentares.
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