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Bispo reza pela queda de ‘muralha da corrupção’

Celebração dedicada a Corpus Christi foi presidida
por dom Pedro Cipollini e reuniu 18 mil em Mauá

Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
16/06/2017 | 07:24
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André Henriques/DGABC


“Precisamos sair dessa crise em que estamos mergulhados por causa de irresponsabilidades que vocês conhecem. Quem mais sofre com essa situação é o idoso, o pobre. Vamos rezar para que se derrube a muralha da corrupção e da injustiça e se erga a muralha da justiça”. O pedido do bispo da Diocese de Santo André, responsável pelo Grande ABC, dom Pedro Carlos Cipollini, foi direcionado a multidão de 18 mil fiéis, que se reuniu, na manhã de ontem, na Avenida Portugal, em Mauá, para celebrar a festa de Corpus Christi.

Após lembrar sobre a importância da data para a Igreja Católica, que celebrou a eucaristia ontem, dom Pedro esclareceu que a situação atual do País foi fruto de reflexão realizada na CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), que acompanhou a celebração, comentou a prece feita pelo bispo. “Nós temos de lutar juntos e acreditar que o Brasil é um País grande, que vai prosperar. Mas temos que apurar com muita veemência a corrupção, a Lava Jato, e punir todos os envolvidos. E, para ser um grande prefeito, tem que ser o líder dos pobres.”

O local, onde foi montado o tradicional tapete colorido, foi o ponto de encontro de procissões que partiram de 12 paróquias da cidade. O tradicional tapete – de 150 metros –, foi feito por 300 jovens católicos do município. Para a confecção, foram utilizados materiais como serragem, areia de aquário, sal grosso e pó de café, por exemplo. Tudo fruto de doações. “Esse foi o segundo ano em que a preparação foi feita pelos jovens de todas as paróquias, de forma unificada. Isso é muito bom, porque acabamos conhecendo realidades diferentes”, afirmou a assessora do setor de juventude e estudante de Biomedicina Larissa Maruggi, 21 anos.

A estudante de Turismo Lorena Andrade, 19, integrante de grupo de jovens da Paróquia Nossa Senhora das Vitórias, chegou à Avenida Portugal por volta das 2h. Ela explicou que os desenhos são inspirados no ano mariano, que celebra os 300 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora Aparecida. “Utilizamos 150 quilos de sal grosso.”

O frio e a caminhada até a Avenida Portugal não assustaram a dona de casa Maria Aparecida Ferreira dos Santos, 48, moradora do Jardim Zaíra 4 e frequentadora da Paróquia Nossa Senhora Aparecida. Ela saiu em procissão da igreja às 8h10 e chegou no local da celebração às 10h20, distância aproximada de cinco quilômetros. “Vim andando devagarzinho e cantando. Passa rápido.”
 




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