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MTST realiza protesto em frente à Prefeitura de Mauá

Manifestantes que ocupam terreno no Jd.Oratório desde maio tentam acordo com o Executivo, que sinaliza negociação

Daniel Macário
Especial para o Diário
03/06/2015 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Em torno de 2.200 pessoas participaram de manifestação organizada pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) ontem, na sede da Prefeitura de Mauá. O protesto, que ocorreu pela manhã, chegou a interditar faixas de vias da região central da cidade e teve como objetivo sanar problemas de famílias que ocupam área no Jardim Oratório desde o mês passado.

Segundo os organizadores, a manifestação foi uma tentativa de buscar projetos habitacionais para aproximadamente 2.500 famílias que vivem em um terreno de 243 mil m², às margens do Complexo Jacu-Pêssego.

“Viemos aqui para entender de fato quem é o dono do espaço que foi ocupado. Hoje (ontem) tivemos a resposta da Prefeitura dizendo que a área é da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A). Conversamos com o prefeito Donisete Braga (PT), e os secretários de Habitação e Governo e conseguimos posicionamento positivo referente às negociações. Foi combinada reunião para amanhã (hoje) com o pessoal da Prefeitura. Na ocasião, iremos levar cadastro com a relação de todas as famílias que estão na área para que possam confrontar com o deficit habitacional deles”, explicou uma das coordenadoras nacionais do MTST, Maria das Dores Siqueira, 45 anos.

A desempregada Tamara Souza, 23, foi uma das munícipes de Mauá que participaram do ato por moradia regular. Após passar alguns meses nas ruas da cidade, a moradora encontrou na ocupação um local para abrigar sua família. “Não temos condições de pagar aluguel de uma casa. Somos nove pessoas que vivem somente de reciclagem”, desabafa a jovem, que mora em uma tenda com seus pais, irmão e cinco crianças, sendo três delas seus filhos. “É muito complicado, tenho crianças de 4 e 2 anos, e uma de 7 meses. Precisamos de ajuda.”

Outra que vive na ocupação e aguarda projeto habitacional é Maria Lucieta Miguel da Silva, 29. “Fiquei desempregada e não consegui mais pagar o aluguel de R$ 450. É um valor muito alto para bancar.”

Conforme o Diário já havia noticiado, a Dersa, responsável pela área, informou já ter tomado as medidas legais cabíveis para recuperar a posse do terreno, localizado na Rua Rondônia, no Jardim Oratório. O local atualmente está repleto de barracas de madeiras e tendas.

Procurada para confirmar a realização do encontro com os integrantes do MTST hoje, a Prefeitura não se manifestou até o fechamento desta edição. 




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