O ARJ21 tem capacidade para carregar entre 78 e 90 passageiros por mais de 2.200 quilômetros, segundo a Comac, que descreveu a entrega como "um grande avanço" para a indústria de aviação da China. Ainda assim, especialistas dizem que será difícil a companhia ganhar destaque além do mercado regional, em um segmento que é dominando pela brasileira Embraer e a canadense Bombardier. A russa Sukhoi Civil Aircraft também produz jatos regionais, enquanto a japonesa Mitsubishi Aircraft Corp deve trazer mais competição ao mercado, quando estrear sua nova aeronave este mês.
"O ARJ21 é um desperdício de dinheiro", comenta Keith Crane, economista da Rand Corpo que estuda o setor de aviação chinês. "Ele rendeu à Comac - que herdou o projeto - experiência no trabalho com fornecedores ocidentais e com a questão da certificação, mas essas vantagens são ofuscadas pelos custos do projeto", explica. O modelo ainda não tem certificação nos EUA ou na Europa, o que significa que não pode ser exportado nem voar para grandes mercados no Ocidente. "A internacionalização do ARJ21 não é uma opção realista neste momento", diz Gao Yuanyang, professor da Universidade Beihang.
Ainda assim, a Comac pode se beneficiar de compras das companhias aéreas regionais, que são controladas pelo governo. A companhia já tem encomendas de mais de 300 jatos. Fonte: Dow Jones Newswires.
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