Othon Pinheiro e Barra foram presos na manhã de terça-feira, 28, em regime temporário por cinco dias. Em relatório enviado à Justiça Federal no Paraná, base da Lava Jato, a Polícia Federal abriu mão de pedir a prorrogação da prisão do almirante e do executivo, mas a Procuradoria da República se manifestou pelo decreto da prisão preventiva de ambos.
Na manifestação, os procuradores anexaram documentos que reforçam a suspeitas sobre os alvos dessa nova etapa da Lava Jato.
Othon Pinheiro teria recebido propinas por meio da Aratec Engenharia e Consultoria. Rastreamento da força-tarefa da Lava Jato localizou, inicialmente, aportes de R$ 4,5 milhões no caixa da empresa controlada pelo almirante.
O juiz Moro decidiu pela prorrogação da temporária de Othon Pinheiro e Flávio Barra. O magistrado da Lava Jato levou em conta o currículo do almirante, apontado como referência no setor nuclear.
"Mesmo estando presentes os pressupostos e fundamentos da prisão preventiva, resolvo, em vista do histórico profissional do investigado Othon Luiz Pinheiro da Silva, com serviços relevantes prestados ao país na área de desenvolvimento da energia nuclear, e diante de sua afirmação de que poderiam ser esclarecidos, documentalmente, os serviços prestados pela Aratec que teriam justificado os aludidos repasses, resolvo, em benefício dos dois investigados, no presente momento apenas prorrogar a prisão temporária por mais cinco dias, findo os quais decidirei novamente sobre o requerimento ora apresentado pelo Ministério Público Federal."
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