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Palavra do leitor
Do Diário do Grande ABC
12/02/2017 | 10:59
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Durante a crise hídrica que assolou o Sudeste entre 2013 e 2015, vimos série de políticas públicas entrarem em ação, com o intuito de incentivar a população a reduzir o seu consumo de água. Em São Paulo, a prática que mais chamou a atenção foi o ‘dueto’ bônus e sobretaxa. Para quem não conhece, o bônus significava descontos na conta para quem conseguisse reduzir o consumo. A sobretaxa representava o contrário: quem excedesse a média histórica poderia pagar até o dobro da conta de água como punição. Embora eficaz em um primeiro momento, esse tipo de prática possui duas grandes vulnerabilidades. A primeira é o baque financeiro sobre a concessionária, justamente no momento em que são necessários grandes investimentos para combater a crise. A segunda falha desse tipo de política é o seu caráter de curto prazo. Uma vez finalizado o período de bônus, não há mais incentivo aos usuários para que economizem água.

E é esse segundo ponto que eu gostaria de explorar. Não seria mais interessante pensarmos em políticas de incentivo com efeito de longo prazo? No Mundo, vários países já utilizam mecanismos de incentivos econômicos como forma de aumentar o número de empreendimentos que fazem o reúso. É política inteligente, pois, apesar de significar renúncia financeira no curto prazo, gera grandes economias no longo prazo para as concessionárias e o poder público.

Cada empreendimento que reduz o seu consumo de água por meio do reúso disponibiliza grande volume para a sociedade local e isenta a concessionária de investimentos adicionais para gerar mais água para atender a população. Imagine que, se apenas os dez maiores consumidores corporativos da Sabesp tratassem o seu próprio esgoto e o reutilizassem para fins não potáveis (como processos industriais ou nos vasos sanitários), a água que eles deixariam de consumir seria suficiente para abastecer população de mais de 60 mil pessoas. Atualmente, diversas cidades aplicam esse tipo de mecanismo, como Nova York, que concede 30% de desconto na água para empreendimentos que fazem reúso. No Brasil existem cidades que começam a pensar em incentivos do tipo. Em Salvador já está em vigor lei que concede até 10% de desconto no IPTU caso o empreendimento adote práticas de sustentabilidade, como o reúso. Em São Paulo, o PL 568/2015 também cria o IPTU Verde. Neste caso, as edificações que adotarem práticas de sustentabilidade terão descontos de até 12% no imposto.
Naturalmente, as políticas de incentivo são apenas parte do complexo quebra-cabeça que é a gestão dos recursos hídricos, mas se olharmos para os efeitos de longo prazo, seus benefícios são gigantescos.

Fernando de Barros Pereira é gerente da empresa General Water.

À espera de um milagre
O governo Temer, com sua esdrúxula proposta de reforma previdenciária, continua a praticar mesmos malfeitos e irresponsabilidades dos governos anteriores junto ao povo. Ao invés de propor soluções como o corte de benefícios com valores superiores ao teto e redirecionamento de taxas para cobrir o rombo provocado por eles mesmos, prefere jogar a conta nas costas da sociedade. Isso só vem comprovar o bipartidarismo de nossa República, onde o Estado, massa disforme composta pelo Executivo, Legislativo e Judiciário, detém os direitos e, o povo, apenas o dever de sustentá-los. Passou da hora de tirarmos novamente nossas panelas dos armários!
Vanderlei A. Retondo
Santo André


Missão impossível
Em cerimônia realizada no dia 8, na Catedral do Carmo, em Santo André, o bispo diocesano de Santo André, dom Pedro Carlos Cipollini, disse aos prefeitos, alguns secretários e vereadores das sete cidades que a corrupção é mal a ser ‘extirpado’ (Política, dia 9). Só que os prefeitos são as pessoas mais corruptas e não seguem o que a igreja tanto prega. Isso tem que mudar. E muito.
Fernando Zucatelli
São Caetano


Onde os fracos não têm vez
Sobre a reportagem ‘Quedas de vendas faz GM parar produção por um mês’ (Economia, dia 7), é incrível como o trabalhador do Grande ABC é exposto ao desemprego sem o mínimo de respeito ou valorização. Na briga entre montadoras, governo e mercado é o trabalhador quem paga o pato sempre. Historicamente assistimos à mesma cena ao longo dos anos, principalmente na região. Os trabalhadores das décadas passadas que o digam. Vivemos na maior potência econômica da América Latina, no Estado mais rico da federação e em região próspera para se viver, apesar de todas as lambanças políticas. Os preços dos veículos produzidos no Brasil estão condizentes com o mercado. A tecnologia embarcada nos automóveis é realmente eficiente, são econômicos, confortáveis, seguros. O consumidor não é tonto, sabe muito bem o que quer. Não é mais fiel a nenhuma montadora, valoriza o seu próprio dinheiro, aprecia o que há de melhor, avalia os custos, analisa os pró e contra e paga pelo que quer. E assim caminha a humanidade abaixo da linha do Equador na lei da oferta e da procura.
João Carlos Voltarelli
Santo André


Papéis ao vento
Causa estranheza e perplexidade o descaso do governador Geraldo Alckmin com o Grande ABC. O Metrô não sai do papel, estações de trens estão sucateadas e sem acessibilidade, há piscinões sujos, filas para retirar medicamentos no Hospital Mário Covas, não implementa a delegacia da mulher em Ribeirão Pires, e o Instituto Médico Legal foram duas décadas e nem no papel está. Se um governador não consegue implementar políticas de descentralização de serviços para a população no Grande ABC, como esse cidadão pensa em ser candidato a presidente do Brasil? Geraldo, acorda, o Grande ABC é maior que qualquer político ou partido.
Ailton Gomes
Ribeirão Pires


A saga de uma família
É com muita tristeza que li a reportagem sobre a ex-deputada Vanessa Damo neste Diário (Política, dia 9). Deixo minha solidariedade e meu sentimento positivo, juntamente com minhas orações para que Deus, em Sua grande soberania, resolva tudo da melhor forma possível. Como mãe que também sou, não imagino as filhas dela crescerem sadiamente longe da mãe, que luta para que tudo fique bem. Vanessa, terá a vitória. Creia e confie somente em Deus, o criador de tudo, pois Ele ama você especialmente.
Rosângela Caris
Mauá

 




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