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Histórias de bombeiros
Maurício Silva
Do Diário do Grande ABC
02/07/2017 | 07:00
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André Henriques/DGABC


 Hoje é comemorado o Dia do Bombeiro. Com 161 anos no Brasil, a instituição foi criada para salvar e proteger a vida do cidadão em qualquer situação de risco. Para homenagear essa classe, a equipe de reportagem do Diário conversou com alguns dos profissionais mais antigos em atuação no Grande ABC.

O cabo Hélder Nogueira, 47 anos, sendo 26 de profissão e 25 atuando em Santo André, do 8º Grupamento de Bombeiros, falou que uma das ocorrências que mais marcaram a carreira foi o resgate de um cavalo que caiu em um poço de 12 metros no bairro do Pedroso.

Nogueira conta que pelo fato de ser magro, desceu até o local para efetivar o trabalho. O resgate durou aproximadamente 40 minutos. Os bombeiros conseguiram tirar o animal do poço com vida, mas devido às hemorragias, o cavalo não aguentou. Ele não pensava em ser bombeiro.

Foi por meio de um amigo e da situação econômica à época, que em 1991 foi avisado sobre concurso. Nogueira fez a prova e passou na primeira vez. “Sempre fui moleque, subia em árvores, escalava lugares altos, e hoje faço isso de maneira que posso salvar vidas e ajudar ao próximo. O reconhecimento e o respeito vêm da população em cada resgate que a gente faz. Percebemos nos olhos de cada um”, afirma, emocionado.

O tenente Thiago Yoshioka, 27, nove deles na corporação, é companheiro de Nogueira. Ele fala que a maior experiência foi um incêndio na fábrica Imã Aerossóis, localizado no bairro Casa Grande, em Diadema, no ano passado. Nesta operação foram deslocados mais de 50 homens e 26 viaturas para apagar o fogo. Devido à eficiência do trabalho dos bombeiros não houve nenhuma vitima fatal, apenas 13 feridos.

Carlos Alberto Pereira de Sousa, 53 anos e 35 de profissão, primeiro sargento do 8º Grupamento de Bombeiros Santo André, atua há 16 no município. Ele conta com muito orgulho da primeira ocorrência que participou, o socorro a uma gata que estava presa em forro e acabara de ter filhotes. Ele tinha apenas 19 anos e confessou “um frio na barriga”. De lá pra cá foram muitas ocorrências. Uma delas, que marcou a vida dele, foi um parto no bairro Tamarutaca. “A família era muito carente. Veio uma menina, com muita saúde”, relembra.

Sousa avalia que a profissão não é estressante, e ele procura se distrair com amigos durante o tempo em que estão juntos, batendo um bom papo. E garantiu que o sonho dele, desde criança, sempre foi ser bombeiro. “A nossa função é salvar vidas, não perdê-las. O reconhecimento e respeito é demonstrado pelo sorriso de cada vítima salva”, afirma Sousa, cuja aposentadoria deve ocorrer até o fim do ano.




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