O Grande ABC possui homens e mulheres prendados. Gente boa em trabalhos manuais. É comum o pai ou a mãe auxiliar os filhos nos deveres de casa, ensinando-os na montagem dos mais diferentes objetos, de uma balança de precisão em papelão a uma casa de madeira em miniatura.

A prática da vida os ensina a isso. A mão de obra formada pela indústria leva as pessoas a desenvolverem talentos na metalurgia, na marcenaria, na ferramentaria, na eletrônica, em tantas e tantas outras áreas.

E as pessoas desenvolvem capacidades. Oferecem sugestões. Desenvolvem projetos. Crescem profissionalmente. Tornam-se mais graduadas. Por que não desenvolver esses talentos em benefício da construção da memória?

O entrevistador pode encomendar ao entrevistado – sendo ele ou não um artesão – a confecção de uma maquete do seu bairro no passado. Há vários exemplos neste campo. É como se pegasse a planta de memória como ontem se falou e desse ao trabalho a vida em forma de ruas, praças, casas, estabelecimentos comerciais.

Dirceu da Silva Real, fotógrafo de Santo André, tinha especial talento para a função de um artesão. Perguntem às novas gerações se elas conhecem uma olaria. Qual a função de uma olaria. Hoje não temos mais exemplares desta indústria artesanal que foi comum no século passado, nas sete cidades que hoje formam o Grande ABC.

Pensando nisso, Dirceu elaborou olarias e as cedeu, graciosamente, a repartições como o Museu de São Caetano, hoje órgão da Fundação Pró-Memória.

Dirceu Real também elaborou uma maquete com o formato da antiga Capela de São Sebastião, de Rio Grande da Serra, quando a capela, depredada, correu o risco de desaparecer.

Na memória nossa de cada dia, o trabalho artesanal é um recurso que pode e deve ser utilizado. Sempre com bons resultados.

AMANHÃ

As fontes diversas de consulta

Diário há 30 anos

Sábado, 12 de setembro de 1987 – ano 30, edição 6545

Manchete – Brasil fixa regras para converter a dívida externa

Santo André – Admitida a desapropriação do Cine-Teatro Carlos Gomes. A repórter Lúcia Faria entrevista Durval Daniel, secretário de Educação, Cultura e Esportes.

Rio Grande da Serra – Prefeito William Valério Ramos e comitiva de 17 pessoas vão à CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) e recebem a promessa de que o município terá mais trens.

Cultura & Lazer – Viagem de Ulysses com o Boi Voador. Ulysses Cruz, diretor, ensaia nova peça no Centro Cultural São Paulo. O Grupo Boi Voador vai apresentar o espetáculo Corpo de Baile, do livro de Guimarães Rosa.

Polícia – Assaltante morre em tiroteio após roubo a empresa de Vila Vivaldi, em São Bernardo.

Em 12 de setembro de...

1912 – Inaugurado o Cinema e Teatro de Variedades Carlos Gomes, na Rua Coronel Oliveira Lima, a antiga Rua da Estação, em Santo André.

1917 – A demissão de 22 trabalhadores da Estrada de Ferro São Paulo Railway agita os meios ferroviários. A polícia destaca uma força de 13 praças de infantaria para a Estação Luz e outros 30 para o Alto da Serra (Paranapiacaba). Trabalhadores pedem a readmissão dos demitidos.

A guerra. Do noticiário do Estadão: os acontecimentos na Rússia. O general Korniloff marcha sobre Petrogado. A gravidade da situação.

1917 – O esportista Almerindo Protti (o Velho Brota) nasce em Jaú (São Paulo). Mudou para São Bernardo em 1948. Aqui fundou o EC Brasil, do Estádio Almerindo Protti, em Nova Petrópolis.

1942 – O Vinho Alegre, produzido por Victorio Demarchi, nas Colônias de São Bernardo, ganha o registro de vinicultura e dá origem a vários produtos do gênero: bagaceira, refrigerantes e licores, todos com a marca ‘Alegre’ – e produzidos no bairro Demarchi.

Município Paulista

Jaguariúna celebra hoje o seu aniversário. Fundador: coronel Amâncio Bueno. A criação do município é de 1953, ao emancipar-se de Mogi Mirim, sendo instalado em 1º de janeiro de 1955.

Municípios Brasileiros

Celebram seus aniversários em 12 de setembro:

No Espírito Santo, Barra de São Francisco

Em Santa Catarina, Canoinhas

No Piauí, Castelo do Piauí

Na Bahia, Chorrochó

Em Goiás, Ipameri

Fonte: IBGE

Santos do Dia

Guido de Anderlecht. Viveu entre os séculos 10 e 11 na Bélgica. Vestiu o hábito de peregrino e percorreu durante sete anos as inseguras e longas estradas da Europa, levando conforto aos mais abandonados. De volta à Bélgica, residiu na cidade de Anderlecht. Ali ele morreu, com fama de santidade. Com o passar do tempo foi erguida uma igreja dedicada a ele, para guardar suas relíquias.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR.

Selésio

Vitória Fornari

Hoje

Dia Nacional da Recreação

Dia da Seresta