Apesar da queda, a Anbima destaca que essa foi a segunda maior captação dos últimos quatro anos. No entanto, fora a elevada captação de 2017 e o volume líquido de entrada de R$ 37,9 bilhões no primeiro trimestre, em 2014 a captação foi de apenas R$ 1 bilhão e em 2015 de R$ 1,1 bilhão.
"A expectativa do mercado é que com o nível a ser atingido pela taxa básica de juros e sua permanência em patamares baixos por um período razoavelmente prolongado de tempo deveremos continuar tendo um resultado positivo de captação em ações e multimercados", destacou, em teleconferência, o vice-presidente da Anbima, Carlos André.
Segundo ele, investidores já começam a fazer migração dos fundos diante do atual cenário.
De janeiro a março, os fundos multimercados foram os que mais captaram, com uma entrada líquida de R$ 33,3 bilhões. Os fundos de ações registraram captação de R$ 8,8 bilhões e previdência de R$ 3,7 bilhões. A queda das taxas de juros no Brasil, agora na mínima histórica de 6,5%, fez cair a captação dos fundos de renda fixa a R$ 5,8 bilhões, sendo que em igual período de 2017 foi de R$ 73,3 bilhões.
André frisa que esse primeiro trimestre do ano mostra tendência positiva para a captação dos fundos de ação, que no período superou o de renda fixa. "Acredito que essa foi a primeira vez que isso ocorreu", disse.
Cenário externo
O executivo da Anbima disse que o risco externo aumentou nas últimas semanas, mas que o ambiente ainda é considerado benigno. Segundo ele, há sincronismo de crescimento da economia de importantes países. Somado a isso, a percepção é de que a elevação dos juros nos Estados Unidos não deve ocorrer de forma diferente daquela esperada pelo mercado.
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