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Por carnavais livres de violência
Do Diário do Grande ABC
26/02/2017 | 11:29
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Como a festa mais representativa do Brasil, o Carnaval é, em muitos aspectos, período especialmente preocupante para quem trabalha para garantir direitos da infância. Para além das marchinhas e desfiles, é nos bastidores da festa que a ameaça da violência sexual contra crianças e adolescentes mostra-se mais cruel: sua invisibilidade. Com dados subestimados, o Brasil não consegue proteger completamente crianças do abuso, exploração e do turismo sexual durante grandes eventos, como o Carnaval. Segundo a Secretaria Especial de Direitos Humanos, há média de 47 casos todos os dias no País. Porém, como eles se baseiam apenas em denúncias anônimas ao Disque 100, o número de casos é potencialmente maior.

Gestores públicos e organizações sociais conhecem esse contexto e entendem a impossibilidade de implementar políticas públicas – pois elas existem – sem diagnóstico preciso da situação. Embora os levantamentos do Disque 100 sejam imprescindíveis, é necessário considerar também outras fontes de informação, como delegacias, escolas, conselhos tutelares, hospitais, centros sociais ou qualquer outro espaço. Cruzamento de informações que, até hoje, nunca saiu do papel. As campanhas, governamentais ou não, que se avolumam durante o período carnavalesco, tendem a, invariavelmente, conscientizar a população a denunciar, seja pelo Disque 100, seja por aplicativos como o Proteja Brasil. Buscam que foliões não virem o rosto para violações e situações em que claramente criança ou adolescente mostra-se vulnerável.

O aprimoramento da rede de proteção à criança e ao adolescente nas últimas décadas, como os conselhos tutelares, mostra-se também importante ponto focal para assegurar direitos, mas ainda não encontrou caminho eficaz para o mais importante: a prevenção. Apenas com ações integradas que antecipem o risco é possível reduzir os efeitos captados pelas denúncias.

A campanha #DeUmBasta é para que a população exija de municípios, Estados e governo federal a viabilidade de diagnósticos reais para a aplicação de políticas públicas de combate à violência sexual. A cobrança e o apoio da sociedade são fundamentais para o enfrentamento de problema que afeta crianças muito além de suas classes sociais, mas que se escora, em grande parte, na vulnerabilidade de famílias e comunidades. A violência sexual compromete desenvolvimento, saúde, autoestima, aprendizado e vida social das crianças e, pior, torna-se ciclo permanente, pois tem o potencial de transformá-las adultos que reproduzem essa violência. Esse não pode ser legado do Carnaval ou qualquer grande evento, tradicional ou não, de Norte a Sul do Brasil.

Sandra Greco da Fonseca é gestora nacional da Aldeias Infantis SOS Brasil. 

Palavra do leitor

Melhorias já!

 Santo André está muito feia. São ruins as condições do asfalto, cheio de buracos. Sou sabedor que a gestão passada deixou muito a desejar, mas espero que nossa cidade vire motivos de elogio. Solicito ao vice-prefeito e secretário de Serviços Urbanos, Luiz Zacarias, e ao vereador Edilson Fumassa, que sempre estão nos bairros, que deem atenção aos nossos problemas. Temos de ter plano de ação e cronograma para a cidade. Aguardo posicionamento das autoridades para que possamos viver dignamente com nossos familiares. Pagamos nossos impostos e temos o direito a boas condições.

Reginaldo Amaral dos Santos

 Santo André

Resolvido! 

 Agradeço ao pessoal de atendimento do Semasa na Avenida José Cabalero, em Santo André, que, sempre gentil, atende com atenção e educação, sem precisar de manual de boa conduta para a profissão, da qual têm carinho. Agradeço também a este Diário pela excelente reportagem ‘Vazamento de esgoto causa transtorno’ (Setecidades, dia 17), que causou bom impacto a nós, moradores. Parabéns a todo o pessoal do Semasa, que prontamente esteve no local logo após a reportagem. Houve grande esforço, com ferramentas e máquinas, trabalharam o dia todo e até o momento o problema está resolvido. Que Deus abençoe a todos do Semana.

João de Deus Martinez

 Santo André

Perigosos

 Na Praça Almeida Júnior, na Vila Alzira, em Santo André, existem três coqueiros com cerca de 12 metros de altura, cujas folhas e ramos secos, que estão prestes a despencar, põem as pessoas em risco a graves acidentes. Seus ramos várias vezes despencaram. Se uma criança ou adulto for atingido por uma dessas pesadas folhas poderá sofrer ferimentos graves, pois pelo local transitam muitas crianças, porque há escola nas proximidades.

Luiz Gonçalves de Andrade

 Santo André

Carnaval

 Nestes dias de Carnaval, geralmente aproveito para meditar a palavra de Deus, ou seja, a Bíblia. Talvez sejam os dias em que mais agradeço a Deus pelo privilégio de educar meus dois filhos seguindo as orientações de sua palavra, e de como hoje posso ver que os atrativos deste mundo perdido não são importantes para eles. Um deles, por exemplo, poderia viajar para qualquer lugar para descansar, passear, mas graças a Deus preferiu ir trabalhar em acampamento onde participa desde a infância. São dias também em que minha alma se entristece em ver tantos jovens ‘aproveitando’ o Carnaval. Drogam-se, fazem sexo sem cuidados, meninas engravidam e, infelizmente, muitos morrem! Ah, não consigo ver nisso nenhum plano de Deus. Deus é paz, alegria, sobriedade. Oremos para que nossos filhos encontrem sempre caminho excelente. 

Rosângela Caris

 Mauá

Fundação

 Quanto à FSA (Fundação Santo André), qualquer ato que ajude a resolver a péssima situação financeira deixada pelos antigos administradores é louvável (Setecidades, dia 24). No entanto, não podemos esquecer que outros atos serão necessários para buscar o equilíbrio de qualquer instituição pública ou privada e a redução dos seus custos administrativos e financeiros, da alta folha salarial e outras tantas providências administrativas já conhecidas. A própria FSA tem em seu quadro de professores ótimos administradores, gestores com larga experiência no mercado, inclusive internacional, que poderiam propor e ajudá-la a adotar medidas sérias visando atingir esse intento, desde que não sejam corporativistas ou sindicalistas.

Alberto Utida

Capital




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