O ato acontece no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), em São Paulo, e é organizado por seis centrais sindicais: CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central, CTB e CSB. Elas pedem a revogação das duas MPs editadas no final do ano passado pela presidente Dilma Rousseff, que, segundo os sindicalistas, diminuem direitos dos trabalhadores.
O deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força Sindical, que também é presidente do partido Solidariedade, disse que hoje se inicia uma mobilização nacional para enfrentar o que ele chamou de "pacote de maldades". Ele também criticou o discurso feito por Dilma na terça-feira, 27, na reunião ministerial, na qual ela defendeu as medidas adotadas por sua equipe econômica. Para Paulinho, ao dizer que os direitos trabalhistas estão sendo preservados, a presidente "ou está doida ou acha que só tem idiota do lado de cá".
"Vamos derrotar a presidente Dilma na eleição da Mesa (Diretora da Câmara) e neste maldito pacote de maldades", afirmou o parlamentar.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, afirmou que a presidente Dilma, ao adotar as medidas, foi contra o discurso encampado em sua própria campanha, quando prometeu que não mexeria em direitos trabalhistas "nem que a vaca tussa." "Ela enganou os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil e fez propaganda enganosa." Torres afirmou que a entidade vai ingressar com medidas judiciais contra as duas MPs, alegando que elas mexem em direitos adquiridos pelos trabalhadores.
Já para Luiz Carlos Mota, presidente da UGT de São Paulo, o pacote prejudica os trabalhadores principalmente ao exigir uma carência maior para o acesso ao seguro-desemprego. "Por que não se mexe na reforma tributária? Por que só os trabalhadores estão pagando a conta?", questionou.
O mote adotado por Dilma foi adaptado e virou arma para os sindicalistas contra Dilma, que entoam palavras de ordem como "a Dilma mentiu, a vaca tossiu".
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