Política Titulo Articulação
Alas ameaçam romper consenso no PED do PT de Sto.André

Duas correntes projetam chapa e nome à presidência para disputar pleito contra Luiz Turco

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
05/08/2013 | 07:07
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Duas alas do PT de Santo André cogitam romper o sonhado consenso no PED (Processo de Eleição Direta), em novembro, o que colocaria fim ao acordo por unidade. A AE (Articulação de Esquerda), ligada ao servidor público Aylton Affonso, manifesta interesse em inscrever chapa e colocar nome para concorrer a presidente contra o atual comandante do diretório, Luiz Turco, que busca a reeleição. Tanto Turco como o prefeito Carlos Grana (PT) tentam evitar o confronto no pleito interno.

Existe comissão formada por ex-pleiteantes ao posto que articula união total em torno do nome de Turco, bem como fechar chapa única, deixando de lado rachas que traumatizaram o partido no passado. Affonso admite que foi procurado para composição, porém adianta que a posição do grupo é lançar candidatura. “Entendemos que chapa única é um risco ao debate. Eleição de direção não é escolha de nomes. É questão de rumo do partido. A disputa é saudável, pois não há apenas uma visão.”

Outro grupo é formado, nos bastidores, de forma independente pelo militante Márcio Vital, que se filiou novamente ao PT depois de passagem pelo Psol. A inscrição também seria para marcar posição dentro do processo – Turco possui adesão de, pelo menos, 70% dos filiados. Sua reeleição é dada como certa no petismo municipal. A estratégia passa por impedir o que é considerado por série de petistas como fórmula direcionada pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, de trabalhar quadros alinhados nas sete cidades da região.

O período de inscrições para o PED se encerra em 11 de setembro. Turco sinaliza que até a referida data continuará o diálogo, atuando para firmar a maior unidade possível. Segundo o presidente, “atualmente há mais convergência do que divergência” no PT local – cenário diferente daquele enfrentado em 2009, quando a disputa era entre 12 chapas e seis candidaturas a presidente. “Atualmente, estamos em outra realidade, completamente contrária a da eleição passada.”

A cúpula ainda faz amarrações para garantir espaço às lideranças municipais, compondo os 11 nomes da executiva. “Até o dia 11 (de setembro) tem muito chão. Faremos o debate, que está caminhando bem até o momento”, disse o atual presidente, ponderando que, em caso de disputa, não haverá guerra. “Não existirá carnificina, independentemente de quantas chapas estiverem inscritas. Estamos em outro clima, sem animosidades. Vamos cumprir as regras, com tranquilidade.”

Há tradição no petismo local de algumas alas apresentarem chapa, mesmo com chances mínimas de vitória. “Nunca tivemos consenso (no PED) e nem por isso existia rivalidade. Isso prova vitalidade (no partido)”, completou Affonso.
 




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