Economia Titulo Varejo
Faturamento de supermercados deverá ser estável em 2015

Setor, que movimentou R$ 87 bi no Estado em 2014, prevê apenas reposição da inflação

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
05/05/2015 | 07:30
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Marina Brandão/DGABC


Diante da queda no nível de emprego e do aumento na inflação e nas taxas de juros, os supermercados preveem estagnação no crescimento para 2015. No ano passado, o setor movimentou R$ 87 bilhões no Estado de São Paulo – o equivalente a 29,5% do desempenho do segmento em todo o País. O presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), Pedro Celso Gonçalves, espera que o volume de vendas neste ano tenha apenas a variação correspondente à inflação, sem crescimento real. Em 2014, a evolução real foi de 2% ante 2013.

Apesar do momento desfavorável, Gonçalves afirma que o segmento deverá manter o número de empregados: cerca de 518 mil em todo o Estado. “Nosso setor é um dos últimos a sentir qualquer turbulência na economia, e é o primeiro que já retoma. Então, não somos muito sensíveis a ponto de imediatamente fazer demissões. Ao contrário, a gente mantém”, garante.

Vice-presidente da Apas, o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) assegura que, apesar de as empresas não estarem prevendo expansão para 2015, não há corte de investimentos. Ele teme, entretanto, que as demissões na indústria do Grande ABC possam gerar reflexos negativos a curto prazo. “Hoje, o cidadão demitido ainda tem renda, porque recebe seguro-desemprego, fundo de garantia e indenização. O problema é que a não retomada do crescimento do emprego começa a gerar reflexos mais adiante.”

Ontem foi realizado lançamento da 31ª edição da feira da Apas, a maior do mundo do setor. A previsão é de que, até quinta-feira, passem pelo Expo Center Norte, na Capital, cerca de 75 mil empresários em busca de novas oportunidades de negócios.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) participou da cerimônia de abertura e citou incentivos do governo paulista para o comércio. Decreto publicado no Diário Oficial do Estado prorrogou em 30 dias o recolhimento de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) nas saídas de mercadorias decorrentes de negócios firmados na feira. “Nós estamos procurando reduzir o ICMS para 7% o máximo que a gente pode. São Paulo nunca aumentou imposto, a gente sempre busca reduzir as alíquotas.”

Tanto Alckmin quanto empresários cobraram do governo federal celeridade na realização do ajuste fiscal, cujo objetivo é retomar o crescimento do País. O presidente da Apas é favorável ao PL (Projeto de Lei) 4.330/2004, que regulamenta as terceirizações. Para Gonçalves, a legislação irá gerar empregos no setor. 




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