Política Titulo Na região
Dívida consumiria
R$ 1.815 de cada cidadão

Passivo de R$ 4,6 bi de ex-prefeitos equivale a 2,5
salários-mínimos dos 2,6 mi de habitantes da região

Raphael Rocha
06/01/2014 | 07:23
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Montagem/DGABC


Cada um dos 2,6 milhões de habitantes das sete cidades do Grande ABC teria de desembolsar R$ 1.815 para liquidar toda a dívida deixada pelos prefeitos do mandato de 2009 a 2012, avaliada em R$ 4,6 bilhões.

Segundo dados do TCE (Tribunal de Contas do Estado), houve redução de 34,3% no volume de dívidas das prefeituras em quatro anos, já que em 2009 o total do rombo era de R$ 7,1 bilhões. Mas a quantia ainda pesaria no bolso do cidadão da região.

O valor equivale a 2,5 salários-mínimos, caso a conta chegasse para as casas dos moradores de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

A cidade com maior volume de passivos é São Bernardo, a única que reelegeu seu prefeito: Luiz Marinho (PT). No maior município do Grande ABC, o deficit chegou a R$ 1,6 bilhão em 2012, ordem essa que resultaria numa conta individual de R$ 2.041,26 se paga por cada um dos 765.463 habitantes do município (segundo Censo 2010).

Santo André apareceu na lista do TCE como a segunda cidade com maior quantia débitos: R$ 1,5 bilhão. O passivo registrado no encerramento do governo de Aidan Ravin (PSB) forçaria cada um dos 676.407 cidadãos andreenses a depositar R$ 2.147,53 para quitar o deficit da Prefeitura.

Em Diadema, onde Mário Reali (PT) não conquistou a reeleição, a conta individual seria de R$ 2.081,43, pois o petista entregou a administração com R$ 803,6 milhões em passivos, que teriam de ser repartidos em 386.089 pessoas.

O município em que a uma eventual fatura teria o menor valor é São Caetano. A despeito de a dívida, em quatro anos de gestão José Auricchio Júnior (PTB), ter crescido 68% (passando de R$ 37,5 milhões para R$ 63 milhões), cada um dos 149.263 moradores precisaria transferir R$ 422,19 para a conta do Palácio da Cerâmica com intuito de zerar o rombo.

O governo Oswaldo Dias (PT) aumentou em 41% o índice negativo da contabilidade (de R$ 433 milhões para R$ 611,5 milhões). Esse acréscimo seria abatido se os 417.064 mauaenses pagassem R$1.466,30 ao Executivo.

Em Ribeirão Pires, cada um dos 113.068 habitantes precisaria depositar R$ 804,43 para liquidar o deficit de R$ 90,9 milhões deixado pela gestão de Clóvis Volpi (PTB). Já em Rio Grande da Serra, os 43.974 munícipes teriam de transferir R$ 1.070,61 para abater o volume de passivos do último ano de mandato de Adler Kiko Teixeira (PSC).




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