A Ribeirão Pires da Capela do Pilar, da Fábrica de Sal e da Casa de Herbert Richers começa a preparar o 13º Congresso de História do Grande ABC. A cidade que serviu de passagem para indígenas e portugueses na época do descobrimento do Brasil e que pode, inclusive, ter sido o berço da antiga Vila de Santo André da Borda do Campo trará como tema do encontro os caminhos percorridos pela gente da região ao longo desses 514 anos.

Segundo o diretor de equipe da Secretaria de Cultura e Turismo do município, Gláucio Gonzales, a proposta é mostrar o que a comunidade acadêmica vem pesquisando atualmente sobre a região. “Para tanto, iremos realizar encontros mensais até a realização do congresso, a fim de definir de que forma esses trabalhos serão apresentados”, afirma.

A meta é realizar os debates, que tem duração de uma semana, no fim de setembro ou início de outubro. O local que sediará o evento ainda está sendo definido pela organização.

Além de debater os caminhos percorridos pelo povo do Grande ABC, o congresso deve trazer a tona também a necessidade de implantação de Arquivos Públicos nas sete cidades, algo, inclusive, determinado pela Constituição brasileira. “Sem esses arquivos, temos dificuldade para encontrar documentos, pois eles ficam espalhados. O arquivo histórico não pode ser morto, precisa ser vivo”, opina Gonzales.

Do ponto de vista da academia, o coordenador do curso de História da Uniesp Faculdades Integradas de Ribeirão Pires, Maurício Tintori Piqueira destaca o projeto de História Oral desenvolvido pela instituição de ensino, que recolhe depoimentos de moradores da cidade. “Mas precisamos ampliar ainda mais essa relação entre a comunidade e a academia”, destaca.

O Congresso de História é oportunidade única para promover esse encontro de ideias, já que os debates são abertos ao público, formado principalmente por estudantes da área.
O Diário será parceiro da iniciativa e irá divulgar, ao longo deste pouco mais de um ano de preparação, as novidades sobre a realização do evento.