De acordo com informações do ativista local, as forças de segurança foram em grande número à Praça Al-Saa, onde 20 mil pessoas começaram uma manifestação pela renúncia do presidente sírio, Bashar Assad. Ontem, chegaram à Praça Al-Saa milhares de manifestantes. No domingo, foram mortas 11 pessoas pelas forças de segurança em Homs e em uma cidade próxima, durante um dia de grandes protestos.
Um comunicado do Ministério do Interior acusou esses manifestantes de matar soldados, policiais e civis e de atacar propriedades públicas e privadas, advertindo que "suas atividades terroristas não serão toleradas". "Os últimos incidentes mostram que grupos salafistas armados na cidade de Homs e Banias convocaram abertamente uma revolta armada", afirmou a nota do governo.
Os protestos na Síria são inspirados pelos levantes populares que derrubaram ditadores na Tunísia e no Egito. Para os manifestantes, a promessa feita por Assad no fim de semana de acabar com uma rígida lei de emergência é pouco, e eles exigem a libertação de todos os presos políticos e o fim das prisões arbitrárias.
O movimento imita o ocorrido na Praça Tahrir no Egito, quando 18 dias de protestos forçaram o presidente Hosni Mubarak a renunciar em fevereiro. Os manifestantes sírios até rebatizaram a praça onde estavam para Praça Tahrir.
Assad sucedeu seu pai, Hafez Assad, que morreu em 2000. Os protestos ocorrem na Síria desde 15 de março. O país vive em estado de emergência desde 1963, quando o Partido Baath chegou ao poder. Pelo menos 200 pessoas foram mortas pelas forças de segurança desde o início dos protestos na Síria, segundo a Anistia Internacional. As informações são da Dow Jones.
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